Sul-africano acusado de pedofilia pode ser liberado amanhã

O advogado Thiago Pinheiro, que trabalha na defesa do sul-africano acusado de pedofilia, Graham David Stwart, 44, entregou na tarde desta quinta-feira, 26, o pedido de habeas corpus ao juiz Geraldo Tenório, do 2° Juizado Especial Cível e Criminal da Capital.

Para Thiago Pinheiro, a prisão de seu cliente aconteceu de forma ilegal, já que o flagrante foi lavrado sem que o delito tenha sido cometendo. “Uma das coisas que a defesa está contestanto é a forma como David foi preso. Em uma prisão para averiguação não se pode lavrar o flagrante. Ele foi detido enquanto estava sentado com sua câmera, no Centro de Maceió, sem fazer nada. Que crime ele cometeu neste momento?" questionou Pinheiro.

"Para prendê-lo deveria ter sido feita uma investigação anteriormente e encontrado provas para incriminá-lo”, contestou acerca das informações da Polícia de que o acusado estaria sendo investigado há cerca de uma semana.

A Polícia encontrou em favor de Graham David, uma câmera com fotografias de crianças e posteriormente três cartões de memória com pelos menos 1.200 fotografias de criança – na sua maioria meninas.O advogado afirma que as fotos são parte de um projeto artístico que vem sendo elaborado pelo fotógrafo.

“De todas as fotos encontradas nos chips, apenas duas seriam comprometedoras. David é um artista, fotografa paisagens, pessoas e crianças. Estarei entrando em contato com a embaixada sul-africana no Brasil para relatar o abuso de poder da polícia para com ele. David disse que as fotos são resquícios de material dos chips comprados de um gringo na noite anterior”, justificou.

O sul-africano possui visto de permanência no Brasil até 2011 e estaria morando em Guaxuma há cerca de três meses. Após a prisão de David, policiais estiveram na casa e apreenderam câmera de vídeo, DVD, CDs, entre outros, que foram levados à perícia.

O advogado acredita que o acusado de pedofilia deverá responder ao inquérito em liberdade. “Ele é réu primário, tem residência fixa, documentos legalizados e trabalhava como fotógrafo. Além disso, a prisão foi arbitrária e equivocada. Pedófilo é uma pessoa que tem ‘adoração por criança’ para ser estabelecido o crime, a Polícia deveria ter encontrado fotos pornográficas publicadas na internet, ou imagens que configurassem atentado violento ao pudor. Mas nada disso foi encontrado. Esperamos que ele seja julgado de forma justa que não se deixem levar pela emoção, mas pelo cumprindo a lei”, finalizou.

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