Plano para assassinar delegado-geral estava pronto para ser executado

Onze pessoas foram presas nos últimos três dias pela cúpula da Polícia Civil acusadas de participarem de um plano para executar o delegado-geral da instituição, Marcílio Barenco. Segundo os delegados que investigam o caso, o plano já estava pronto para ser executado, esperando apenas uma oportunidade.

Foram presos: Wilanili Enauda Moreira Rosas, Antônio Pedro de Almeida, Gelson Ferreira de Lima, José Pereira de Farias, José Cícero de Farias Filho, Márcio Fortunato Barros, Carlos Iran de Oliveira Alves (cabo da PM), Valdênio Emiliano de Albuquerque (sargento da PM), José Alberto Brum Rodrigues, Sidnei Lima dos Santos e Maélio Pereira de Farias.

Sidnei e Maélio foram presos na última segunda-feira na cidade de Escada, em Pernambuco. Os dois militares e os irmãos José Pereira e José Cícero foram presos na manhã de hoje. Segundo o delegado Antônio Henrique do Núcleo de Investigação e Repressão ao Crime Organizado (Nirco), as prisões aconteceram em Maceió, Coruripe, Viçosa e na cidade pernambucana.

Segundo a linha de investigação, as pessoas presas tinham papéis fundamentais no plano de execução de Barenco. Eles responderão por crimes de coação, porte ilegal de arma e formação de quadrilha. “Cada pessoa presa teria uma função. Alguns como apoio, outros como executores”, afirma o delegado sem citar a atribuição de cada um no suposto plano.

Durante uma entrevista coletiva – sem a presença do delegado Marcílio Barenco – todos os integrantes da cúpula da Polícia Civil e que cumpriram os mandados de prisão temporária expedidos pelos juízes da 17º Vara Criminal estavam presentes, junto com o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim.

“Já temos uma linha que investigação que aponta para os mandantes do crime, mas ainda é cedo para divulgar nomes. O plano para executar o delegado-geral estava pronto, esperando apenas um deslize para ser executado”, afirmou Antônio Henrique.

Três homens que teriam também ligação com o grupo continuam foragidos. Eles foram identificados como Jorginho, Ronaldo e Robertinho. Segundo o delegado Denisson Albuquerque, do Nirco, ao todo foram expedidos nove mandados de prisão e mais nove de busca e apreensão. Foram apreendidos dois computadores portáteis, armas e papéis que possam ajudar a esclarecer o caso.

Plano

O plano para matar o delegado teria sido descoberto há aproximadamente um mês e imediatamente investigado pela Polícia Civil. “Temos como provar as acusações e por isso a Justiça determinou as prisões”, reforçou Paulo Rubim. O secretário informou ainda que os acusados podem estar envolvidos em outros assassinatos.

Segundo Rubim, foi detectada uma quantia alta de dinheiro na conta bancária de parte das pessoas presas e a polícia acredita que se trata do dinheiro pago para o serviço ou pela prática de outros crimes.

A operação que resultou na prisão dos acusados contou com a participação de oito delegados e cerca de 60 policiais civis, além de militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Os onze presos serão encaminhados na tarde de hoje para o sistema penitenciário.

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