O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Gilberto Irineu, entregou durante reunião na manhã desta sexta-feira, 19, ao integrante do Conselho Estadual de Segurança, o advogado Tutmés Ayran, cartas-denúncia conta o Grupo de Agentes Penitenciários (GAP).
As cartas – que foram escritas pelos reeducandos da Casa de Detenção de Maceió, Cadeião – acusam integrantes do grupo de praticarem tortura e maus-tratos, contra os presos. O advogado Tutmés Ayran – que à época assumiu a pasta da Secretaria de Justiça e Cidadania e criou o grupo – garantiu que as cartas são esclarecedoras.
“Há muita prova pré-constituída, com certeza irá poupar muito trabalho para o Conselho”, frisou o advogado, cogitando ainda a possibilidade de extinção do grupo. “Será sugerida a implantação de uma unidade do Batalhão de Operações Especiais (Bope) dentro do sistema prisional, pois eles, são agentes estatais e podem ser punidos. Já os agentes penitenciários não. A única punição que pode ser dada é a demissão”, explicou Tutmés Ayran.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos, Gilberto Irineu, sugeriu ao advogado o redimensionamento dos integrantes ou a extinção do grupo. “A OAB quer que uma força superior estatal assuma a administração da segurança interna das unidades prisionais, agindo sempre dentro da legalidade”, finalizou Irineu.
