Na próxima terça-feira, 4 de novembro, os 60 policiais da Força Nacional (FN) que atuam em Alagoas desde março deste ano, deixam o Estado com destino ao Maranhão.
Segundo o major Tomaz Aquino, comandante da FN, a tropa deu a sua contribuição para a diminuição da criminalidade em Alagoas, onde permaneceu por sete meses, extrapolando os 180 dias que costumam passar em outros estados.
Em entrevista coletiva realizada no dia 14 de outubro, o secretário de Defesa Social Paulo Rubim e Tomaz Aquino fizeram um balanço da atuação da Força no Estado e afirmaram que a criminalidade diminuiu aproximadamente 34% desde a chegada da tropa.
De acordo com os números apresentados, neste período, nas ações que tiveram a participação da FN foram apreendidos R$ 139 mil em espécie, 56 armas – somente em Maceió – e dois seqüestros foram desmontados. A FN realizou ainda 34 mil abordagens a pessoas e cinco mil a veículos.
Rubim disse que ‘seqüestros, homicídios e casos de tráfico de drogas foram desvendados com o apoio da tropa da Força Nacional e que foi uma satisfação tê-la como reforço na segurança pública’.
Na berlinda
A Força Nacional chegou ao Estado em março deste ano com o objetivo participar de ações visando reduzir a criminalidade. A previsão era de que os militares permanecessem por 60 dias, mas o prazo foi prorrogado, primeiramente até depois das eleições municipais, e depois até dezembro – data que foi antecipada para o início de novembro.
Nos sete meses em que atuou em Alagoas, a FN participou com êxito de inúmeras operações, mas foi questionada em algumas situações. No dia 9 de maio, integrantes da FN foram acusados de agredir o adolescente Wagner Bezerra, 14, no Pilar.
Já no dia 23 de setembro, o deputado estadual Jéferson Morais (DEM) denunciou na tribuna da Assembléia Legislativa que, juntamente com assessores, foi vítima de excessos em uma abordagem da Força Nacional no município Batalha.
A denúncia do parlamentar foi feita poucos dias depois de os integrantes da Força Nacional terem sido homenageados em uma sessão especial proposta pelo deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), em agradecimento aos relevantes serviços prestados pela tropa no combate à violência.
