Polícia ‘cerca’ Favela de Lona, mas ninguém é preso

Sionelly Leite/Alagoas24horasPoliciais checam barracos em busca de traficantes

Policiais checam barracos em busca de traficantes

Um dia após o registro de dois tiroteios na Favela de Lona, no Eustáquio Gomes, e da morte do bebê de um ano e quatro meses Williams Batista Aureliano, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), 5º Batalhão e agentes do 10º Distrito Policial realizam uma operação no local na manhã desta quarta-feira, dia 12.

Durante os tiroteios ficaram feridos Zenildo Bertolini da Silva, 41, e Maicon Sales Félix da Silva, 25, que permanecem internados no Hospital Geral do Estado e que supostamente teria envolvimento com o tráfico de drogas na região.

Segundo o chefe-de-operações do 10º Distrito, Themildo Duarte das Trevas, a informação de que o traficante que atua na região, identificado apenas como Nijacir, mais conhecido como Ninja, estaria organizando o resgate de presos da delegacia, levou os policiais à favela. O delegado da distrital, Valdor Coimbra, no entanto, não confirmou esta informação.

Segundo Coimbra, a operação de hoje visa à captura de Ninja, que seria o chefe do tráfico na região do Eustáquio Gomes, Santos Dumont, Village Campestre I e II, apontado pela Polícia Civil como o ‘braço armado’ do tráfico, autor de pelo menos cinco homicídios. Além de Ninja, são procurados duas pessoas conhecidas como Jojô e Bruguelo. Ainda segundo o delegado, a Polícia Civil já havia sido informada que Ninja organiza reuniões periódicas, com traficantes, em um dos barracos da favela.

Os policiais realizaram buscas na favela, inclusive destruindo alguns barracos, mas até o momento ninguém foi capturado. Segundo Coimbra, os bandidos ainda utilizariam uma mata existente na região para se esconder da polícia. Mas de acordo com Valdor, “só entra na mata quem tem negócio”.

O delegado afirmou, em entrevista à imprensa, que acredita que o traficante ainda esteja escondindo em um dos barracos da favela. A operação policial foi acompanhada pelo pai do bebê morto com uma bala perdida, William Aureliano, 46. Segundo o desempregado, seu filho foi sepultado em um cemitério de Rio Largo e ele agora tenta se mudar da favela de lona, pois quer preservar a vida da família.

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