Morte no cruzeiro:

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RIO – Foi enterrado neste domingo o corpo da estudante de Direito Isabella Baracat Negrato, de 20 anos, que morreu sexta-feira durante um cruzeiro universitário que saiu de Santos, em São Paulo, em direção ao Rio de Janeiro. As polícias Civil e Federal estão investigando o caso. Uma testemunha afirmou que encontrou a jovem desacordada na cabine. Isabella foi encaminhada ao posto de atendimento médico no próprio navio, onde teve convulsões. De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo não apresentava sinais de violência.

Segundo o serviço médico do navio, Isabella já havia sido atendida antes por causa de embriaguez e de um ferimento no pé. Em depoimento, a companheira de cabine da jovem disse que nenhuma das duas usou drogas, mas que ambas haviam ingerido bebida alcoólica em grande quantidade desde o início da viagem. O delegado da Polícia Federal em Santos, Moyses Eduardo Ferreira, no entanto, não descarta a possibilidade de que a passageira tenha morrido por ingestão conjunta de álcool e drogas. O laudo que indicará a causa da morte deve ficar pronto em 30 dias. Os outros passageiros do navio desembarcaram domingo, em Santos, e contaram que os tripulantes do navio se recusavam a dar informações sobre o caso.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Ilhabela, policiais federais que fizeram uma revista na cabine ocupada pela estudante constataram que o local já havia sido arrumado e limpo. A mãe de Isabella passou mal durante enterro da filha em Bauru, a 323 quilômetros da capital paulista.

Cenas de excesso e inconseqüências
Em uma comunidade de relacionamentos na internet, tripulantes descrevem as cenas de excesso e inconseqüências protagonizadas pelos jovens durante o cruzeiro universitário. A tripulante Giovana Prícoli conta que o cruzeiro foi um horror e classifica a viagem como uma vergonha.

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Despejaram malas de outros passageiros no mar, urinaram e fizeram cocô em malas, cabines, camas, corredores. Houve inúmeras brigas
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– Foi um cruzeiro universitário, acabaram com o nosso navio, despejaram malas de outros passageiros no mar, urinaram e fizeram cocô em malas, cabines, camas, corredores. Houve inúmeras brigas – escreve Giovana, chocada.

Ainda de acordo com a tripulante, "o navio atracou ontem, em Santos, por volta das 17h30m, sem fazer os procedimentos comuns de check out":

– Simplesmente desovaram os vândalos para fora do navio. Muitos saíram descalços, sem camisa, bêbados, drogados (dos quais muitos ainda estavam no centro médico do navio).

O tripulante Leandro Rezende publicou um comentário de dentro do cruzeiro em que morreu Isabella, comemorando, pois até aquele momento os passageiros só tinham arrancado algumas partes das áreas comuns do navio. Para ele, cruzeiro universitário deveria se chamar inferno no mar.

– Por enquanto, eles só arrancaram um corrimão e vomitaram na mesa do bufê. E eu limpei. Argh. Estão gritando feito loucos, sujando as mesas como se estivessem comendo fora do prato, enchendo a cara, etc. – contou o tripulante.

Roberta Abrahão, que também trabalha no navio, afirma no site que o MSC Opera não terá mais cruzeiros universitários:

– O staff ficou indignado com a brasileirada doidona que quebrou tudo.

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