Téo Vilela se reúne com comissão de Arapiraca
O governador Teotonio Vilela Filho, em reunião com integrantes da sociedade civil organizada de Arapiraca, no Palácio República dos Palmares, nesta terça-feira, 27, afirmou que está adotando as medidas para elucidar o bárbaro assassinato da adolescente Alyne Carla Gomes Silva, ocorrido no dia 15 deste mês. Teotonio Vilela mostrou-se solidário à dor dos familiares.
“Como governador e amigo de Arapiraca me solidarizo com essa tragédia inaceitável e revoltante”, afirmou Teotonio Vilela. “A sociedade inteira está preocupada e o governo do Estado mais ainda”, disse. O governador recebeu da comissão um documento onde se solicita aumento do policiamento ostensivo, reforço no número de viaturas e melhor aparelhamento das polícias Civil e Militar.
Medidas – Teotonio Vilela disse que logo em seguida entraria em contato com a cúpula da Segurança Pública para intensificar medidas de combater à criminalidade na região de Arapiraca. E se comprometeu em entrar posteriormente em contato com os integrantes da comissão para informar sobre as medidas que estão sendo tomadas para reverter a situação.
GGI
O governador disse ainda na oportunidade que já expôs para o presidente Lula a situação de violência por que passa o Estado, o que teria culminado na criação do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), envolvendo instituições ligadas à Segurança Pública locais e federal.
“Por mais respeitosa que a pessoa humana seja é preciso encontrar formas de lidar com os canalhas e desordeiros, que deixam a sociedade vulnerável”, afirmou Teotonio. “O presidente Lula ficou impressionado com o nosso relato da violência em Alagoas, que apenas se difere do restante do país pela incapacidade que o Estado tinha de enfrentar os bandidos”, disse. “Por isso, apelamos para o governo federal e formamos um verdadeiro mutirão envolvendo as nossas polícias, órgãos e instituições ligados a essa área, e as polícias Federal e Rodoviária”, observou.
Determinação
Para o governador, o combate ao crime não pode ter trégua e tem de ser enfrentado com determinação, coragem e espírito de participação da sociedade. “Os Poderes Judiciário e Legislativo também têm papel importante”, destacou. “Dentro das limitações que temos vamos atender ao apelo dramático desta comissão, que representa a sociedade arapiraquense”, afirmou.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Arapiraca, José Ventura, leu o documento redigido pela comissão e, dentre as reivindicações, constavam o incremento de mais seis viaturas para a Polícia Civil e Militar, o aumento de policiais civis e militares, e a construção de um cadeião e de um Núcleo de Criminalística.
O secretário de Defesa Social, general Sá Rocha, afirmou que a segurança pública de Alagoas já está avançando, apesar do governo ter assumido a atual gestão há apenas três meses. “Já há ações firmes e, em pouco tempo, teremos resultados visíveis pela sociedade alagoana”, disse. “Quanto à elucidação do crime da Alyne, a polícia está investigando e teremos resultados”, afirmou.
Motivo
O pastor da Igreja Adventista do 7º Dia, Geovani Melros, afirmou que a família ainda não tem noção dos motivos que levaram ao assassinato cruel de Alyne. Ele afirmou que pelo levantamento realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), não foram encontrados no corpo da jovem marcas de violência sexual. Quanto à possibilidade de o crime ter sido provocado por vingança, como foi ventilado, afirmou: “Não há fundamento nisso, pois o pai dela, Marlos Vieira Silva, é membro da nossa igreja há 20 anos e desconhecemos intrigas dele com alguém”, disse.
Ele afirmou ainda que a polícia fez um levantamento das conversas da adolescente, via Internet, nos últimos 100 dias e que não encontrou nada que levasse à conclusão de crime passional. “Ouviu alunos e amigos de Alyne e não encontrou nada”, detalhou o pastor. Integraram a comissão instituições de combate ao crime de Arapiraca, líderes das igrejas católicas e evangélicas, da Câmara de Vereadores e da Assembléia Legislativa daquele município, além de parentes e amigos da adolescente assassinada.
