Policiais federais fazem greve e agravam crise nos aeroportos

A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) anunciou que a paralisação de 24 horas da categoria começa às 8h30 desta quarta-feira, 28. O movimento é um protesto contra o não-cumprimento de um acordo salarial fechado com o governo no ano passado.

A paralisação deve afetar o funcionamento de diversos serviços, como liberação de produtos restritos, emissão de passaportes e o setor de imigração dos aeroportos –o que deve agravar ainda mais crise aérea e contribuir para o aumento nas filas nos terminais.

Na chamada operação-padrão, os policiais federais vão aumentar a fiscalização nos aeroportos e farão entrevistas com visitantes estrangeiros.

De acordo com o vice-presidente da Fenapef, José Valderi de Souza, o efetivo deve ser reduzido à metade com a paralisação.

"Se houver dois policiais, somente um vai trabalhar. Não queríamos isso, mas precisamos fazer pressão", disse o vice-presidente da Fenapef.

De acordo com a entidade, no acordo negociado em fevereiro de 2006 os policiais federais receberiam 60% de reajuste dividido em duas parcelas –somente a primeira parcela de 30% foi paga. A segunda, prometida para dezembro de 2006, ainda não saiu.

Se as reivindicações da categoria não forem atendidas, os policias federais ameaçam deflagrar uma greve geral. A paralisação de amanhã, segundo eles, é apenas uma advertência.

A Fenapef planeja para o próximo dia 18 de abril uma manifestação em Brasília, onde espera contar com a presença de ao menos 3.000 policiais.

Aeroportos

Depois de três dias de atrasos consecutivos –causados pelo nevoeiro e pelo não-funcionamento de um equipamento que auxilia as operações em ocasiões de baixa visibilidade–, o movimento voltou ao normal hoje no aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica (Guarulhos).

O fechamento de Cumbica provocou transtornos em outros terminais, como os aeroportos Tom Jobim (Rio) e Viracopos, em Campinas (95 km a noroeste de São Paulo), que receberam vôos desviados de Guarulhos.

Durante todo o dia de ontem, 26, 227 dos 1.511 vôos programados sofreram atrasos de mais de uma hora (15%), segundo balanço da estatal.

Hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que a crise se arrasta há um ano e pediu uma definição sobre o prazo, dia e hora para o fim do caos nos aeroportos.

Fonte: Folha On-line

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