Violência urbana

A violência urbana é um fenômeno que cresce a cada dia e tornou-se hoje um tema de debate nacional. Ela é determinada por valores sociais, culturais, econômicos, políticos e morais de uma sociedade.

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana; violência doméstica; violência familiar e violência contra a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro, entre outros membros da família.

Soma-se a essas modalidades, a violência praticada a partir dos contatos virtuais na rede mundial de computadores. Dentre as formas de violência, uma, porém, vem ganhando mais corpo: a violência urbana que ganhou proporções insuportáveis, gerando um número de vítimas comparado ao das nações que estão em guerra civil.

A insegurança tem sido a tônica em nosso país onde a população que já enfrenta problemas como desemprego, pouca oferta de políticas públicas na área da saúde, educação e saneamento, entre outros e, ainda, tem que enfrentar o grave risco de se expor à criminalidade das ruas.

O fenômeno da violência não se explica como sendo próprio de uma nação ou de uma raça, antes se explica a partir das condições socioculturais, já que somos todos seres humanos, portanto, não seríamos diferentes dos indianos e de outros povos que não padecem com os mesmos índices de violências que enfrentamos, mas que têm matizes culturais diferenciadas das nossas.

A violência em nosso meio tem marcante influência da exclusão social, mas também há o ingrediente da impunidade e o da exposição da juventude aos mais violentos conteúdos veiculados na mídia, especialmente, a televisiva, além, é claro, das influências que transitam em sites e em jogos da rede mundial de computadores onde em sua maioria apresentam personagens armados e disparando em alvos que geralmente são seres humanos, ainda que virtuais, mas os efeitos danosos vão criando nas mentes da juventude um sentimento de banalização da violência.

A impunidade é, sem dúvida, um capítulo cruel dessa novela que vivemos. Muitos apostam cada vez mais que ao cometerem crimes ficarão impunes com base na infeliz experiência que vivemos. E de onde vem a impunidade? Vem da fragilidade com que o Estado enfrenta o crime. Vários são os fatores que demonstram a fragilidade do Estado. Primeiramente, da falta de um salário digno para os agentes responsáveis pela apuração de crimes, bem como a oferta das condições ideais para a realização dos serviços, falta de equipamentos de última geração, etc..

Como o Estado se mostra impotente diante do crime, o criminoso se sente seguro de que sua prática delituosa não lhe trará nenhuma conseqüência. Se nos faltasse apenas isso, já seria sofrível. Mas a dura realidade do sistema carcerário é outro grave problema que enfrentamos. Faltam presídios e políticas públicas para a construção de novas unidades e as que existem, efetivamente, não recuperam os que estão sob a custódia do Estado porque os métodos utilizados são os menos recomendáveis.
É de fundamental importância que o Congresso Nacional se empenhe e lute para que haja uma reforma no Código Penal para adequá-lo a atual realidade, no sentido de que contenha dispositivos com ações enérgicas no combate à impunidade.

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