Venda de carros novos rouba espaço dos usados

Entre o carro usado e o novo, o motorista tem escolhido mesmo o zero quilômetro. Nos primeiros quatro meses do ano, 638 mil novos veículos foram vendidos. Trata-se de um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2006.

Quem está comprando carro, encontra facilidades e prestações a perder de vista. Já quem está vendendo um usado vai ter que esperar e negociar bastante.

Taxa de juros menores, prazos de pagamento que chegam a cinco anos – esses são alguns motivos que têm feito as vendas de veículos novos acelerarem. Em uma concessionária paulistana, por exemplo, a disputa por alguns modelos é tão grande que a lista de espera chega a 90 dias.

“Minha expectativa é que tenha lista de espera até o final do ano. Há uma lista de espera sempre, porque nós vamos ter muitos clientes comprando”, aponta o gerente de vendas, Márcio da Silva.

Com o entusiasmo do consumidor para sair de carro novo da concessionária, a venda de usados desaqueceu e, com ela, a revenda de peças para automóveis em São Paulo. Nos últimos 12 meses, o faturamento no varejo caiu 6,5%.

Para o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Francisco de La Torre, o resultado reflete um movimento de renovação de frota de veículos no país.

“Temos uma frota com idade média de 12 anos para automóveis e 15 anos para caminhão. Nós achamos que ela está caindo, em torno de 10 anos para automóveis e 13 anos para caminhão. Em um primeiro momento, afetou bastante [o setor], mas agora nós começamos a usufruir desse resultado”, explica o vice-presidente do Sindipeças, Francisco de La Torre.

Este ano, o setor de revenda de peças para automóveis espera reverter o resultado ruim dos últimos meses e projeta um crescimento de 5% nas vendas.

Fonte: G1

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