BNB avalia impactos de programas de créditos

"O seminário trouxe conhecimentos e ferramentas aplicáveis à avaliação dos programas de financiamento, que contribuirão para o aperfeiçoamento da metodologia utilizada e ajudarão o Banco a apresentar para a sociedade e órgãos de fiscalização evidências de sua contribuição para o desenvolvimento regional".

Assim o técnico do Escritório de Estudos Econômicos do BNB, Paulo Dídimo, resumiu o "Seminário sobre Avaliação de Impacto: De Promessas a Evidências", que se encerrou hoje, na sede do BNB, em Fortaleza.

Durante toda esta semana, o evento, organizado pelo Banco Mundial em parceria com o Banco do Nordeste, realizou mais de 20 painéis, oficinas e estudos de caso, que forneceram uma visão geral sobre medição dos resultados, análise custo-benefício e o uso da avaliação de impacto para a tomada de decisões em políticas públicas.

Mais de 150 formuladores de projetos públicos de instituições de todo o Brasil participaram do evento, além de cerca de 30 técnicos das áreas de Políticas de Desenvolvimento, Etene e Microfinanças, do BNB.

"O seminário foi importante na medida em que trouxe profissionais de renome mundial, contribuindo para a formação de recursos humanos do Banco na área de avaliação", destacou o superintendente do Etene, José Sydrião de Alencar.

"A divisão em grupos de trabalho foi o momento mais apreciado pelos participantes, que puderam aplicar seus conhecimentos e interagir com outros formuladores de projetos, estudando a melhor forma de incrementar seus trabalhos", destacou Christian Borja, técnico do Banco Mundial.

Matriz de Estrutura Lógica

No seminário, o superintendente do Etene, José Sydrião de Alencar, explicou a metodologia de avaliação do FNE, denominada Matriz de Estrutura Lógica, que, segundo ele, apresenta o relacionamento entre metas, instrumentos de ação, efetividade dos instrumentos, impactos e resultados, permitindo a visualização da lógica estabelecida para permitir o alcance dos objetivos definidos pelo programa.

O FNE tem como principal objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste, e utiliza como fonte de recursos 1,8% do produto de arrecadação dos impostos sobre renda e produtos industrializados, o que representa um aporte anual em torno de R$ 2,6 bilhões.

Perfil dos clientes do Crediamigo

O Crediamigo é um programa pioneiro no Brasil, que começou a ser desenhado pelo BNB em 1996, junto com o Banco Mundial, e começou a operar em 1998, contando atualmente com 170 unidades de microcrédito e 1.100 assessores atuando em todo o Nordeste, norte de Minas e Espírito Santo e Brasília.

Segundo Iracema, o Programa vem alcançando excelência em diversos indicadores definidos pelo Banco Mundial (econômicos, financeiros, de produtividade, sustentabilidade, retorno e retenção de clientes), mas é preciso avaliar os impactos, para saber se esse crédito realmente está fazendo diferença para o tomador de crédito. Outro objetivo da avaliação é permitir o desenho de produtos, em termos de taxa e valor do empréstimo, por exemplo, que tragam melhores resultados para o tomador.

A avaliação do Crediamigo contemplou até o momento a elaboração de relatórios de resultados. Atualmente, o Etene, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, está construindo um banco de dados com informações sobre o perfil dos clientes do programa, a ser disponibilizado em um site na Internet.

O Etene planeja para o período 2007 a 2010 elaborar uma avaliação de resultados e impactos do programa, em parceria com o Banco Mundial, e implantar um sistema informatizado de avaliação, além de publicar relatórios de efetividade e impactos do Crediamigo.

Fonte: Assessoria

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