Câmara Municipal debate situação da saúde em Maceió

Alagoas 24 Horas/ArquivoMalta ressalta a importância do acompanhamento das ações da Secretaria

Malta ressalta a importância do acompanhamento das ações da Secretaria

Os vereadores de Maceió se reuniram – na manhã de hoje – para debater a situação dos hospitais públicos da cidade, em especial no que diz respeito ao tratamento materno-infatil. De acordo com o propositor da sessão, vereador Marcelo Malta (PCdoB), o encontro tem por objetivo traçar um diagnóstico da situação e levantar propostas para melhorias a curto, médio e longo prazo.

Foram convidadas para a sessão especial diversas entidades ligadas a área de saúde – inclusive representantes dos hospitais particulares para discutir o Sistema Único de Saúde (SUS) e outras políticas de parceria – e as secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Malta ressalta a “importância do diálogo para sair da situação caótica em que se encontra a saúde municipal”.

“Estamos aqui para discutir com as entidades e principalmente com o secretário municipal de Saúde, Théo Fortes, sobre a situação, mas com foco principal no tratamento das gestantes e dos recém-nascidos de forma prematura. Com estes casos, o município acaba gastando mais do que se tivesse um tratamento preventivo. Não podemos deixar este tipo de coisa acontecer. Temos que trabalhar e buscar soluções para que crianças não continuem nascendo dentro de ônibus, táxis, ou em pleno calçadão do Comércio, como já aconteceu no final do ano passa”, destacou Marcelo Malta.

De acordo com Marcelo Malta, uma das proposições da Câmara Municipal – na manhã de hoje – será o cumprimento do decreto 1651, que determina que os gestores da saúde pública prestem contas trimestralmente de suas ações, na Câmara Municipal de Maceió. “É importante para que nós, vereadores, e a sociedade possamos saber e acompanhar de perto a saúde do município. Desta forma, possamos trabalhar as deficiências. Ou seja, queremos a realização de uma audiência pública a cada três meses”, salientou.

Para o secretário municipal de Saúde, Théo Fortes, a prefeitura de Maceió vem cumprindo o seu papel. “Estamos fazendo a nossa parte, com auditorias, compra de equipamento e remanejamento de pacientes. Agora, estamos lidando com um problema crônico de 17 anos. Em Maceió, há carência de leitos privados e públicos. O que precisa ser feito agora é ampliação dos leitos e investimentos nas ações básicas de saúde. É verdade que os municípios sem a estrutura adequada acabam superlotando, mas há um conglomerado de problemas e este é apenas um deles”.

Fortes – há pouco mais de um mês a frente da Secretaria de Saúde – explicou que toda atenção está sendo voltada para as maternidades e classificou como salutar o encontro com os vereadores.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Hospitais (Sindhospital), Humberto Gomes, os hospitais particulares “não só já estão prontos para ajudar, mas como já se encontra ajudando”. “Nós, hoje respondemos por 66% dos atendimentos. Eles são feitos na rede privada. Assumimos os casos de baixa e média complexidade. Só não atendemos o de alta complexidade, porque ainda não suporta atender. Estes casos acabam sendo direcionados para a Santa Mônica e Hospital Universitário”, colocou Gomes.

Gomes ressaltou a proposta de uma parceria com o poder público para ampliar o raio de ação dos hospitais. “Já existe um modelo que funciona em Salvador (BA). Podemos discutir um modelo como este aqui em Alagoas, onde a rede pública entra com o equipamento e a construção e a rede privada com a gestão dos serviços. Em Salvador, são 180 leitos oferecidos assim”. Para o presidente do sindicato, a ampliação das parcerias é uma solução, uma vez que os recursos do SUS se mostram insuficientes.

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