Navalha: Albuquerque chama Zuleido de ‘traficante de influência’ e desafia PF

AssessoriaAlbuquerque acredita que PF não pode apresentar provas

Albuquerque acredita que PF não pode apresentar provas

O presidente da Assembléia Legislativa (ALE), deputado Antonio Albuquerque (DEM), fez um forte pronunciamento, durante a sessão desta quinta-feira devido a uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo em que seu nome teria sido citado nas investigações da Operação Navalha, da Polícia Federal.

Num discurso contundente, sendo um diferencial entre todos os que foram feitos desde o início da operação, o parlamentar anunciou que vai acionar sua assessoria jurídica para tomar conhecimento do teor do inquérito os “asseclas” do empreiteiro que supostamente utilizaram seu nome.

Albuquerque descartou qualquer ligação com empreiteiras ou construtoras, durante sua vida pública. Sem se referir ao nome do empresário Zuleido Veras, o presidente da Assembléia não poupou adjetivos nas críticas. “Não conheço esse trambiqueiro, esse maloqueiro, esse traficante de influência, bem como nenhum de seus funcionários ou asseclas. Não aceito que seja feita qualquer ilação do meu nome com os fatos investigados pela Polícia Federal”, afirmou. Na matéria jornalística, Albuquerque é citado, ao lado do senador Renan Calheiros(PMDB), como um dos que participaram de “lobby” para beneficiar a Gautama.

O presidente do Legislativo alagoano mostrou indignação com a divulgação de seu nome no relatório da PF. “Não posso aceitar que os homens públicos não levantem a voz para responder a esses que não têm decência e se ajoelhem à covardia”, afirmou Antonio Albuquerque. O parlamentar acrescentou que defende o aprofundamento das investigações e desafiou a PF a apresentar qualquer prova de sua ligação com a construtora Gautama ou qualquer outra. “E quem tiver culpa, que pague pelos erros. Eu mesmo, se me desviar das minhas funções, que eu pague”, reforçou.

A respeito da indicação de seu cunhado, Márcio Fidelson Gomes, para exercer cargos públicos, ele confirmou que o fez por acreditar em sua idoneidade e que esta investigação não abalou sua crença. “Acredito na decência do Márcio, até porque no inquérito da Polícia Federal não há nenhuma ligação com o nome dele. Quando indico alguém para exercer um cargo ou função pública, o faço com a certeza de que se trata de uma pessoa de bem, decente, e continuo com esse pensamento do meu cunhado, a quem tenho orgulho de se padrinho político, além de parente”, afirmou.

Providências

Antonio Albuquerque reforçou que vai solicitar de sua assessoria jurídica a adoção de medidas que possam permitir o acesso ao relatório da Polícia Federal e confirmou que, com base na lei, vai processar o empreiteiro Zuleido Veras, dono da empresa Gautama, fato que ninguém, até agora, havia feito. Albuquerque também defendeu reações mais contundentes por parte das demais autoridades envolvidas até agora nas investigações. Para o presidente da Assembléia Legislativa, as declarações dadas, até o momento pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) e pelo governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), foram “moderadas”.

Fonte: ALE

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