‘Alagoas está na berlinda’; ALE deve instaurar CPI para investigar contratos com Gautama

As palavras proferidas pelo deputado Judson Cabral (PT) têm relação com os últimos acontecimentos da Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal.

O Estado de Alagoas teve cinco pessoas presas – todas ligadas ao Governo do Estado, que foram exoneradas à pedido do governador Teotonio Vilela Filho. O deputado lembrou ainda das denúncias contra o senador Renan Calheiros e hoje, a ministra do Eliana Calmon ainda intimou o governador para prestar depoimentos.

“Esta casa [Assembléia Legislativa] tem por obrigação colocar na pauta do dia os assuntos que envolvem a sociedade alagoana e Alagoas está na berlinda”, afirmou o deputado.

CPI

Depois da discussão, os deputados iniciaram o processo para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos que o Estado realizou com a empresa Gautama.

O autor do pedido, o deputado Marcelo Victor (PTB), explicou que são necessárias as assinaturas de nove deputados – um terço do parlamento – para a abertura de uma CPI. Até o fim da sessão, foram conseguidas sete assinaturas.

Em aparte o deputado Marcos Ferreira (PMN) se declarou contrário a formação da CPI por entender que “da forma como estão sendo postas (as CPIs) não estão dando resultado”. Para justificar sua opinião ele citou algumas CPIs iniciadas no Congresso Nacional e que no seu entender foram conclusivas.

“Porque não sabemos onde está o erro, se na Câmara Federal, no Senado ou nas Assembléias. O Brasil já se acostumando com as CPIs. Por isso não assino uma, onde não temos uma definição clara, mesmo com fortes indícios da participação de integrantes do governo do Estado, mas que precisam ser mais aprofundadas”, declarou Ferreira.

Para o parlamentar as irregularidades cometidas com os recursos frutos de emendas parlamentares não está no Legislativo, mas no Executivo que libera verbas. “Não quero defender nem julgar ninguém, quero dizer apenas que um pedido de CPI nesse momento é um pouco precipitado”, observou Marcos Ferreira.

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