A ação da policia alagoana tem avançado na recuperação de carros roubados em Maceió e municípios circunvizinhos. Prova disso é que quase 100 veículos estão se acumulando, desde o início deste ano, nos pátios do Detran e da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, no Pontal da Barra.
O delegado Valdir de Carvalho afirmou que a instituição aguarda que os proprietários ou seguradoras compareçam ao local, para evitar a depreciação dos carros e permitir que a polícia possa dar baixa no sistema que controla a recuperação e devolução de veículos roubados.
Valdir de Carvalho informou que de janeiro até hoje foram recuperados e devolvidos 238 carros, além daqueles que foram recuperados e estão nos pátios aguardando os proprietários. “É um bom índice de recuperação”, disse. “O índice caiu de cinco para três, de janeiro para cá, mas os números continuam negativos, porque a polícia não pode dar baixa no sistema, informando que o veículo foi recuperado, enquanto não for levado dos pátios pelos respectivos donos ou seguradoras”, ressaltou o delegado.
O delegado observou que a maioria dos veículos pertence a seguradoras, que não têm mostrado interesse em resgatá-los e submetê-los ao processo de recuperação. “Apelamos para que os agentes de seguro – a maioria das seguradoras tem sede fora de Alagoas – procurem a Delegacia de Roubos e Furtos para retirar os veículos das suas respectivas seguradoras”, disse.
Para evitar que novos carros apreendidos pela polícia sejam abandonados pelas seguradoras, o delegado disse que solicitou ao diretor-geral da Polícia Civil, Carlos Reis, o encaminhamento para que todos os Boletins de Ocorrências (BO) emitidos na capital e interior do Estado, sobre roubo de veículos, passem a registrar os nomes das seguradoras, para viabilizar o contato e posterior resgate dos mesmos.
Com relação à frota que está abandonada, o delegado Valdir Carvalho afirmou que a polícia está informando a todas as empresas seguradoras que procurem os pátios do Detran e da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos para reconhecer os veículos e esvaziar os locais.
O delegado ressaltou que os prejuízos se refletem na imagem negativa da instituição, que não pode oficializar a recuperação dos veículos via sistema. “Nós não podemos sequer leiloar os veículos abandonados, porque não há uma lei que regulamente esta ação. Somente são leiloados os carros apreendidos por infração de trânsito, não produtos de crime”, finalizou
