MP continua apurações sobre irregularidades na Unidade de Emergência

Será publicado no Diário Oficial de amanhã o inquérito civil público instaurado pelo Ministério Público de Alagoas para apuração de irregularidades na Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, no Trapiche. O inquérito foi baseado no resultado do relatório entregue pelo diretor geral da Vigilância Sanitária Municipal, Geovane Pacífico, com a ressalva de que o diretor da Unidade de Emergência, Alfredo Aurélio Marinho, além de ter se recusado a receber o termo de intimação, riscou o documento.

De acordo com os promotores de Justiça, Micheline Tenório e Ubirajara Ramos (Saúde); Cecília Carnaúba (Fazenda Pública Estadual); o relatórios da Vigilância e da fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina, juntamente com o MP, vão servir de base para instauração do inquérito civil público. “Não se trata, portanto, apenas de problemas de superlotação, mas de má gestão administrativa também”, enfatizaram os promotores de Justiça.

A inspeção da Vigilância, ocorreu após a fiscalização conjunta com o Cremal que motivou o ajuizamento de ação cautelar para transferência de 60 pacientes. Na ocasião a Vigilância encontrou outras irregularidades nas enfermarias do 2º andar (setor de queimados), na pediatria, no setor de expurgo (guarda, desinfecção e esterilização química de roupas e materiais de uso) e na copa.

Relatório

Segundo o relatório, nas enfermarias, o teto dos corredores correm risco de desabamento, todos os banheiros das estavam sem sabonete líquido, assento sanitário, papel toalha, lixeira sem tampa e pedal, teto caindo ou com reboco bastante danificado; instalações elétricas expostas; mofo e ventilação insuficiente.

Na pediatria, os problemas no teto e nos banheiros se repetem. Na área de expurgo também, com o agravante da presença de baratas, justamente no local onde deve haver a desinfecção. Na copa, mais uma vez o relatório apontou a presença de insetos e entre outras coisas mau acondicionamento de utensílios. “Além de baratas, foram vistos também escorpiões e moscas, devido justamente às condições precárias de higienização. Também há relatos de armários e portas danificados por cupins”, informam os promotores de Justiça.

Fonte: MP

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