O deputado Judson Cabral (PT) disse hoje, durante sessão na Assembléia Legislativa do Estado (ALE), que estão confirmadas as presenças do Governador Teotonio Vilela Filho, do arcebispo de Maceió, Dom Antonio Muniz Fernandes, técnicos e secretaria de Infra-Estrutura para a sessão especial que vai debater as obras do Canal do Sertão.
De acordo com Judson, a iniciativa do evento é uma das reivindicações da Comissão de Implantação dos Territórios de Desenvolvimento Agrícola (Ciat) do Alto Sertão. “É importante que os colegas deputados e a sociedade estejam na sessão especial, realizada amanhã participando do debate, construindo junto conosco”, ressaltou Cabral.
Ministro
A visita do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, aos municípios do leito do Rio São Francisco com a justificativa de divulgar ações de revitalização está sendo chamada de “cooptação de lideranças e políticos regionais” pelo movimento Articulação Popular pela Revitalização do São Francisco, da qual faz parte a Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica.
Em nota à imprensa, a entidade acusou o Governo Federal de “intransigência” e “autoritarismo”, de não ouvir “ a vontade do povo” em relação à transposição do rio. Segundo os ativistas, as obras não vão atender a população carente que sofre com a falta de água no sertão, e sim “aos políticos, grandes empreiteiras, irrigantes, industriais e criadores de camarão”.
Segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBH-SF), instituído em 2001, 70% da demanda por água na região é para irrigação. Os consumos humano e industrial ficam empatados com 13%.
“A transposição beneficiaria apenas 0,3% da população do semi-árido brasileiro e atenderia apenas 5% do território do semi-árido, além de apresentar várias irregularidades ambientais e sociais e dividir a população do Nordeste”, diz o texto.
