Renan diz que querem assassinar a sua honra e que já apresentou defesa

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje que "estão querendo assassinar" sua honra com novos desdobramentos das denúncias de que teria utilizado recursos da empreiteira Mendes Júnior para o pagamento de pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso –com quem tem uma filha fora do casamento.

O senador não deixou claro a quem endereçou as críticas sobre os desdobramentos das denúncias. "Está claro que querem assassinar minha honra. Mas não vão assassinar porque não têm provas de absolutamente nada", disse.

Renan reiterou que já apresentou provas concretas ao conselho de sua inocência nas denúncias. "Qualquer coisa que se queira saber é preciso perguntar ao Conselho de Ética, aos advogados, aos senadores", desconversou.

Pivô da crise que atinge Renan, Mônica disse em entrevista para a Folha que amou muito Renan. Ela afirmou que o relacionamento com Renan não começou escondido até porque ele teria dito no início que "estava separado".

Mônica não quis se manifestar sobre a situação de Renan. "Essa é uma questão que cabe aos pares dele decidirem."

Ganho com venda de gado

O Conselho de Ética decidiu adiar a votação do relatório para aprofundar as investigações contra Renan após o surgimento de índicios de irregularidades nos documentos apresentados pelo senador para se defender das acusações de ter usado Gontijo para pagar suas depesas com Mônica.

Para comprovar que seus ganhos eram compatíveis com os pagamentos, Renan apresentou documentos que apontam para um ganho de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, com a venda de gado.

Reportagem do "Jornal Nacional" contestou autenticidade das notas fiscais de venda de gado apresentadas pela defesa de Renan.

O Conselho de Ética pediu então para a Polícia Federal periciar a autenticidade dos documentos apresentados por Renan.

A perícia verificou que Renan entregou notas fiscais com indícios de fraude, além de documentos que apresentam, entre si, uma "diferença" de 511 cabeças de gado na venda declarada, cerca de R$ 600 mil, quase um terço do que ele afirma ter ganho com atividades agropecuárias desde 2003.

Fonte: Folha

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