Mulher é presidente da UNE após 15 anos de hegemonia masculina

Folha ImagemLúcia Stumpf é estudante da FMU, em São Paulo

Lúcia Stumpf é estudante da FMU, em São Paulo

A UNE (União Nacional dos Estudantes) elegeu neste domingo a estudante de jornalismo gaúcha Lúcia Stumpf para a presidência da entidade, após 15 anos de hegemonia masculina no cargo.

A última mulher a liderar a UNE, Patrícia De Angeles, foi eleita em 1991 e atuou até o ano seguinte.

Stumpf, 26, é militante da UNE desde 2001, quando assumiu o cargo de vice-diretora da regional Sul. Em 2003, atuou como diretora de comunicação da entidade e, em 2005, como diretora de relações internacionais.

Ela foi eleita presidente durante o encerramento do 50º Congresso Nacional da entidade, realizado em Brasília (DF) desde o último dia 4. O encontro reuniu cerca de 8.000 estudantes e delegados da UNE, de todos os Estados brasileiros. Stumpf substitui Gustavo Petta, 25, na liderança da entidade.

Lúcia Stumpf começou a estudar jornalismo em 1999, na PUC (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre. Trancou o curso em 2003, quando se transferiu para São Paulo, e voltou a estudar em 2006. Hoje, ela está matriculada no 7º semestre do curso de jornalismo da FMU.

Prioridade

Segundo a nova presidente, a prioridade da UNE é lutar pela melhoria das universidades públicas no país, pela regulamentação do ensino privado e pela garantia de um plano nacional de assistência estudantil.

"Vamos radicalizar na luta pela melhoria da universidade brasileira, pública e privada", disse. Stumpf disse que a UNE já aprovou uma série de manifestações de estudantes pelo país, durante o mês de agosto.

"Queremos uma decisão clara do governo com relação à assistência estudantil, que deve representar uma política de Estado, com recursos exclusivos do MEC (Ministério da Educação) destinados a este fim".

Assim como o presidente anterior da UNE, Gustavo Petta, Lúcia Stumpf atribuiu à legislação brasileira a culpa pela falsificação de carteiras de estudante no país. Para ela, a fraude na emissão do documento é resultado da Medida Provisória 2208, editada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 2001.

A medida 2208 retirou da UNE a exclusividade na emissão das carteiras de estudante e permitiu que instituições privadas de qualquer ramo emitissem o documento. "Vamos exigir desse governo a revogação da medida", disse.

Fonte: Uol

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos