O vice-governador José Wanderley afirmou, nesta quarta-feira, que a reestruturação do Ipaseal Saúde vai desafogar o fluxo de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). A colocação foi feita durante a audiência pública realizada no Centro de Convenções, que debateu estratégias para a reestruturação do plano.
“O governo tem interesse em construir um novo plano de saúde que atenda aos usuários de forma plena”, destacou José Wanderley, reforçando que a iniciativa vai diminuir a demanda do SUS. O vice-governador disse que participou da discussão, não apenas como representante do Executivo, mas como profissional da área de Saúde.
José Wanderley afirmou ainda que a solução do Ipaseal Saúde deve ser encontrada em Alagoas, uma vez que cada Estado tem suas próprias características.
“Os problemas de Alagoas não diferem muito dos demais estados da Federação, mas tem de encontrar soluções próprias que se adequem à sua realidade. “Os problemas do Brasil nesta área não são restritos à rede pública; eles atingem também a rede privada. A diferença é que os países subdesenvolvidos enfrentam ainda o problema do desperdício”, acrescentou.
O debate foi promovido pela Secretaria de Estado da Gestão Pública e reuniu representantes de órgãos da administração direta e indireta; sindicatos e cooperativas vinculadas ao setor. Segundo o vice-governador, o governo atual encontrou, em janeiro deste ano, alguns entraves que teriam comprometido o atendimento com qualidade do Ipaseal Saúde.
Dentre eles estão a paralisação do atendimento médico; não-atendimento nas internações médico-cirúrgicas nos hospitais de alta complexidade; dificuldades para internações obstetrícias e psiquiátricas; falta de credibilidade junto à rede credenciada e aos usuários; dentre outros gargalos que culminaram na desativação do plano.
O presidente da instituição, Niradelson Salvador, expôs a radiografia do sistema e as medidas que devem ser adotadas para recuperá-lo. Ele fez uma exposição comparativa de como encontrou a pasta e apontou diretrizes para a recuperação do plano.
A atual gestão encontrou uma dívida de R$ 10 milhões com a rede credenciada, referente ao período 2005-2006. O plano foi criado em 2002 e, desde então, enfrentou várias crises e reformulações.
Em janeiro deste ano, o governo do Estado fez um levantamento da situação e encontrou inúmeros problemas financeiros que desencadearam na quase total paralisação dos serviços ofertados. “Nossa meta é transformar o Ipaseal Saúde em um plano de qualidade para os funcionários públicos e dependentes”, finalizou Niradelson.
