Tétano será tema de palestra no Hélvio Auto

O tétano será o tema da palestra proferida hoje pelo médico infectologista Fernando Maia, do Hospital-Escola Dr. Hélvio Auto, no auditório do hospital, às 19h30. O evento é direcionado a profissionais de saúde da instituição e tem o objetivo de atualizá-los para lidar melhor com a doença.

O assunto abordado faz parte de uma série de temas que serão discutidos, quinzenalmente entre as equipes que atuam no Hélvio Auto, já que o mesmo é referência em Alagoas no tratamento de doenças infecto-contagiosas. Profissionais da saúde de outras unidades hospitalares também podem participar, gratuitamente.

“A idéia é atualizar as equipes que trabalham com essas patologias, principalmente os que trabalham na UTI, um setor novo de nosso serviço. Além do mais, pretendemos abordar outros assuntos, uma vez que se faz necessária a atualização em patologias próprias do Hélvio Auto, como tétano, meningite, tuberculose, entre outros”, ressaltou a médica infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Herliane Soares do Nascimento. A CCIH atua em parceria com o Centro de Estudos Professor Hélvio Auto na elaboração das palestras.

Doença infecciosa, não-transmissível, o tétano acontece em pessoas que possuem ferimentos na pele, contaminados pela poeira que contiver a bactéria causadora da doença, e com fezes contaminadas de boi e de cavalo. Mas pode ocorrer, ainda, quando alguém se machuca com ferro enferrujado, é o chamado tétano acidental.

Os sintomas são rigidez muscular e contraturas no corpo, podendo ser sentidos num período de quatro dias a dois meses, dependendo, segundo o infectologista Fernando Maia, da idade, variando de pessoa para pessoa e da sua condição imunológica. “O tétano atinge mais freqüentemente crianças e idosos, onde pode ocorrer de forma mais grave.

Segundo Fernando Maia, para o tratamento, exige-se internação hospitalar, onde a pessoa toma antibióticos e relaxantes musculares, ficando ainda isolado para evitar luz e o barulho, ou seja, qualquer estímulo que provoque contrações musculares, “porque qualquer estímulo poderá fazer com que o paciente sofra uma parada respiratória, levando-o à morte”, reforça Maia.

Um outro tipo de tétano é o neonatal, provocado em recém-nascidos, filhos de mães que não fizeram o pré-natal e não tomaram a vacina antitetânica. “O bebê fica sem imunidade. E tem mais: no interior é comum se colocar receitas caseiras no umbigo da criança, um perigo, principalmente naquelas cujas mães não tomaram as três doses da vacina”, disse a médica Simone D´Andrada Tenório, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE), do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto.

Dados do NVE apontam que de janeiro até este mês de julho, o hospital confirmou três casos de tétano acidental, com dois óbitos. Até o momento, há dois internos, em fase de recuperação, que dura de 30 a 60 dias. “É muito comum o tétano em homens, pois as mulheres são mais aptas a tomar a vacina antitetânica, que pode ser tomada gratuitamente em qualquer posto de saúde, devendo ser reforçada a cada dez anos”, finalizou a coordenadora do NVE.

Fonte: Assessoria

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