Negociações não avançam e médicos deixam o Estado

Durante o fim de semana, as negociações entre o Governo do Estado e a categoria médica não avançaram, como conseqüência, os primeiros 17 médicos a protocolarem pedidos de demissão já deixaram o serviço público. Os hematologistas do Hemoal não foram trabalhar na manhã desta segunda-feira e os neurocirurgiões da Unidade de Emergência deram plantão até as 7 horas de hoje.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, novos médicos podem deixar o serviço público no dia 2 de setembro, caso continue o impasse, mesmo depois das primeiras demissões já concretizadas. A categoria se mostra irredutível e cobra 50% de reajuste salarial, enquanto o Governo do Estado apresenta uma proposta dez vezes menor: 5%.

Wellington Galvão disse – em entrevista ao Alagoas 24 Horas – que deve se reunir com o Ministério Público e com o Governo do Estado no dia de hoje para discutir a situação. “Houve um chamamento do Palácio. Acredito que vamos nos reunir na parte da tarde”, destacou Galvão. Na noite de hoje, categoria volta a se reunir em Assembléia Geral para discutir os rumos da greve.

Às 17 horas, Galvão se reúne com as associações de moradores para levar a situação para a sociedade alagoana. O sindicato continua juntando – conforme Wellington Galvão – pedidos de demissão para serem entregues ao Governo do Estado de Alagoas. Como a decisão judicial impede o protocolamento destes, serão entregues pelos Correios.

A reunião dos médicos deve ocorrer depois que o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) se reunir com a coordenação do Ministério da Saúde. A expectativa é que seja feita uma nova proposta no dia de hoje e a categoria médica rediscuta em Assembléia Geral.

No Hemoal, apenas uma médica hematologista não pediu demissão. “Ela foi trabalhar e ficará sozinha”, colocou Galvão. Durante o fim de semana, o Governo do Estado – prevendo a concretização das demissões – anunciou estado de emergência na Saúde, o que permitirá que se contrate profissionais substitutos. Pelo menos um neurocirurgião deve ser contratado para os plantões da Unidade de Emergência Armando Lages.

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