Secretário justifica distribuição de leite por políticos em Arapiraca

O titular da pasta estadual da Agricultura Alexandre Toledo compareceu ao plenário da Câmara Municipal de Arapiraca, na noite desta quarta-feira, com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a distribuição do leite no município.

A distribuição do alimento para as famílias carentes vinha sendo coordenada pelo deputado estadual Dudu Albuquerque (PSB), desde o governo Ronaldo Lessa (PDT). Nos últimos dias, houve uma mudança no controle da distribuição, fato que provocou insatisfação de Albuquerque.

Insatisfeito com a mudança na distribuição, o parlamentar acusou o governo do uso político do leite, com fins eleitoreiros. A distribuição, que era 100% do deputado Dudu Albuquerque, passou ao seguinte critério; Prefeitura 50%, deputado Ricardo Nezinho (PTdoB) 25% e 25% com o deputado Dudu Albuquerque.

Polêmica

A mudança na distribuição gerou polêmica, e o vereador Sidnei Geni (sem partido) tece severas críticas na distribuição. O vereador acusou que a população pobre estava passando por humilhação, sendo obrigada a declarar o voto no momento da realização do cadastro, e que o leite estaria sendo distribuído com fins eleitoreiros, na troca de votos.

O vereador chegou a sugerir que a distribuição do leite deveria ficar a cargo das igrejas católicas e evangélicas. Questionado pelos vereadores, o secretário Alexandre Toledo defendeu a manutenção da distribuição do leite pelos políticos, pelo fato de serem os legítimos representantes do povo. “Este projeto nasceu de uma ação política” defendeu. “O que não pode é ser mal conduzido e se existir má fé, os responsáveis devem ser punidos” completou.

Já o líder do prefeito Luciano Barbosa, vereador Josias Albuquerque (PMN) afirmou que o prefeito não tem nenhum interesse no controle de 50% da distribuição do leite pela Prefeitura. Segundo o líder, Luciano Barbosa, considera que o leite é um direito das famílias carentes independente da questão política e partidária.

Defesa

O secretário estadual da Agricultura, Alexandre Toledo, defendeu o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), que foi alvo de ataques dos vereadores Sidnei Geni e José Lúcio (PtdoB). Toledo afirmou que o governador esperava uma herança de débito do governo anterior na ordem de R$ 50 milhões e na realidade o débito herdado foi na ordem de R$ 400 milhões.

Explicou, ainda, que o aumento concedido pelo ex-governador Luiz Abílio para os professores e para os militares a partir de janeiro de 2007, que seriam pagos pelo novo governo, gerou sérios problemas na receita estadual, que não teve suporte financeiro. Esses problemas provocaram um engessamento do governo, completou.

Segundo Toledo, o governador teve que tomar medidas duras e antipáticas a exemplo do corte de 40% da verba da Secretaria de Comunicação e assegurou que Teotonio Vilela vai colocar Alagoas no rumo do desenvolvimento.

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