‘Não vamos politizar o processo de desabilitação’

Alagoas24horasSecretária Solange Jurema, acompanhada de técnicos do MDS, anuncia descredenciamento de Maceió

Secretária Solange Jurema, acompanhada de técnicos do MDS, anuncia descredenciamento de Maceió

Depois da aprovação do parecer do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que pedia a desabilitação de Maceió de receber recursos de programas federais mantidos pelo ministério, pela Comissão Gestora Bipartite, tem-se início, nos próximos dias, uma série de reuniões que visam, sobretudo, a reabilitação da Secretaria de Assistência Social do município.

Durante a reunião que decretou o descredenciamento de Maceió, a secretária-adjunta de Assistência Social, Elizabeth Patriota, acusou o ministério de estar sendo “intolerante e injusto com Maceió”, uma vez que o prefeito Cícero Almeida teria – segundo pesquisas eleitorais – 90% de aprovação popular, o que na avaliação de Patriota denota a confiança da população na gestão de Almeida.

A afirmação de Patriota foi imediatamente rechaçada pelo representante do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social, Marcelo Garcia, que a acusou de ser desinformada, uma vez o processo de descredenciamento vem desde maio de 2006. "Não vamos politizar o processo de desabilitação. Essa discussão é efetivamente técnica. Não estamos tomando partido de nenhuma coligação pra 2008", reagiu Garcia acrescentando, inclusive, que todo o processo se deu de forma técnica, e que se a questão for politizada pode ser pior ainda para Maceió.

Como ainda há indefinições quanto ao montante que será repassado ao Estado e em quais programas eles serão aplicados, a partir de amanhã, representantes da secretarias de Assistência Social do município e do Estado, técnico do MDS e do Congemas estarão reunidos para discutir todos estes aspectos e estabelecer um pacto de providências a serem adotadas, de forma emergencial, pela Prefeitura de Maceió.

Quantos às punições que poderão ser impostas à Prefeitura de Maceió, além do descredenciamento, os técnicos afirmaram que será preciso resolver o problema da prestação de contas, uma vez que os dados apresentados são conflitantes. Caso a questão não seja resolvida, pode ser aberto o procedimento de Tomada de Contas Especial (TCE), que seria encaminhado para o Tribunal de Contas da União, para sanções cabíveis.

Encerrando a sessão da Comissão Gestora Bipartite, e respondendo a pergunta do secretário Alan Balbino, que questionou a capacidade técnica da Seas para gerir os recursos, a secretária Solange Jurema disse que “a Política de Assistência Social não é fácil, mas não está em crise e o órgão está apto para gerir os recursos”. Jurema anunciou, ainda, uma reunião com os representantes de todas as entidades que recebem recursos do MDS, em data que será marcada posteriormente.

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