Em 2050, população brasileira deve chegar a 260 milhões de pessoas

A população brasileira deve crescer, em pouco mais de 40 anos, 39%, atingindo aproximadamente 260 milhões de pessoas em 2050. A estimativa faz parte de um levantamento apresentado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Síntese de Indicadores Sociais apresenta um conjunto de informações demográficas e sociais para traçar uma radiografia da realidade brasileira. O estudo foi realizado com base nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006.

Ainda de acordo com o estudo, a diferença entre o número de homens e mulheres está em queda, segundo o documento, pela maior freqüência das mortes masculinas. Em 2006, para cada 100 mulheres havia 95 homens na média nacional. As regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba e Porto Alegre apresentaram os níveis mais equilibrados (92 homens para cada 100 mulheres). Já as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Salvador e Recife apresentaram entre 86 e 88,5 homens para cada 100 mulheres.

O estudo também aponta redução na taxa de fecundidade das brasileiras. Em 2006, a média nacional foi de dois filhos por mulher. Essa tendência também é observada especialmente em países europeus, que já atingiram valores inferiores ao chamado nível de reposição natural, que é de dois filhos. Entre os países da América Latina e Caribe, cujas realidades foram observadas pelo IBGE com o objetivo de traçar um paralelo em relação ao Brasil, Cuba apresenta 1,6 filho por mulher, contrastando com a Bolívia, por exemplo, cuja taxa é de 3,7 filhos por mulher. A Argentina apresenta patamares semelhantes aos do Brasil.

Ainda de acordo com o levantamento, as regiões de maior desenvolvimento socioeconômico são também as que concentram a maior parte da população brasileira. Juntos, Sudeste, Sul e Centro-Oeste reúnem mais da metade (64,3%) do contingente total, que em 2006 era de 187,2 milhões de pessoas. Somente a região metropolitana de São Paulo é responsável por 10,5% e supera, em números absolutos, qualquer um dos 26 estados.

A taxa de urbanização também se manteve crescente, chegando a 83,3% em 2006. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, com o maior percentual de população urbana, apenas 0,7% das pessoas vivem em áreas rurais. Por outro lado, aparece o Piauí com o valor mais baixo do país (60,7%).

Os movimentos migratórios, de acordo com a pesquisa, se mantiveram estáveis desde a década de 1990. As regiões nordeste e sul são as que apresentam as maiores proporções de pessoas que moram onde nasceram (97,1% e 94,1%, respectivamente). Os brasileiros saem principalmente dos estados do nordeste atraídos principalmente pelos estados do sudeste. Em relação à migração estrangeira, o estudo constatou que eles também se dirigiam em maior volume à região sudeste (72,6%).

Fonte: O Dia

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