Aparecimento da pirambeba é discutido em Maceió e Pilar

A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado (Semarh) apoiará a iniciativa da Federação dos Pescadores de Alagoas (Fepeal) na realização do 1º Seminário Alagoano sobre Pirambeba. O evento acontece amanhã, no Clube Grapiuna, no município de Pilar, a partir das 8h, se estendendo até o fim da tarde. O objetivo é promover ações integradoras visando a informar a sociedade quanto aos impactos ambientais causados pela introdução da espécie pirambeba no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba.

A pirambeba é um peixe carnívoro, parente das piranhas, e se torna agressivo quando ameaçado. É nativo de várias bacias hidrográficas do Brasil, como a do Amazonas, a do Paraguai, a do Paraná, a do Tocantins e a do São Francisco, sendo mais freqüente em águas paradas ou rios de pouca correnteza. Em Alagoas é comum encontrá-lo na Várzea da Marituba, bacia do rio São Francisco.

A organização para a discussão mais ampla do tema deve mobilizar órgãos federais, estaduais e municipais ligados às questões do meio ambiente e do turismo, além de professores, estudantes, entidades ambientalistas, movimentos populares, pescadores, catadores e marisqueiras.

Entre os espaços oferecidos haverá palestras com o doutor em Ecologia, Jansen Alfredo Sampaio Zuanon, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e a com professora doutora em Ecologia de Peixes, Maria de Fátima Pereira de Sá. O seminário contará ainda com a participação de dois pescadores da Marituba do Peixe (Várzea da Marituba/AL), o que deve promover um ambiente mais interativo e participativo.

O encontro ainda será enriquecido com relatos de representantes locais, fazendo alusão aos casos de aparecimento da pirambeba nas lagoas. Alunos da Universidade Federal de Alagoas aproveitam a oportunidade para apresentar os resultados de uma pesquisa etnoecológica.
Segundo o ambientalista da Semarh, Fernando Veras, o seminário busca “sensibilizar e alertar pescadores e demais segmentos da sociedade para a introdução de espécies exóticas e não-nativas em corpos hídricos (lagunares), açudes e barragens do Estado.” Através de uma serie de medidas, como a formação de parcerias e a realização de encontros futuros, pretende-se “orientar, principalmente, as comunidades de pescadores afetadas diretamente pela introdução da Pirambeba, no sentido de uma convivência com a espécie”, esclareceu.

Apóiam o seminário as Colônias de Pescadores de Marechal Deodoro e de Pilar, a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca/AL e a Prefeitura Municipal de Pilar.

Mobilização em Maceió – Na tentativa de mobilizar ambientalistas e afins da capital para o evento em Pilar, a Semarh promove, hoje, em parceria com o Fórum de Defesa Ambiental (FDA), o Centro de Estudos Superiores de Maceió e a ONG ambientalista Movimento Pela Vida (Movida), duas palestras no auditório do CESMAC (antigo Colégio Guido): “Consciência e Cidadania Planetárias”, com a professora doutora Maria Pereira de Sá e “Peixes da Amazônia”, com o dr. Jansen Sampaio Zuano. O evento tem início às 19 horas.

Fonte: Assessoria

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