Terceirizados cobram participação nos lucros e reajuste salarial
Centenas de trabalhadores terceirizados da Braskem voltam a realizar na manhã de hoje ato público, na frente da indústria, para exigir o repasse da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados), além de melhores condições de trabalho e questões relacionadas à campanha salarial da categoria.
Segundo o diretor de imprensa do Sindipetro em Alagoas, Antonio Freitas, os funcionários irão permanecer com as atividades paralisadas até que seja agendada uma reunião entre representantes dos trabalhadores, a Braskem e as empresas terceirizadas.
De acordo com informações fornecidas pelo Sindpetro em Alagoas, atualmente existem apenas 275 funcionários contratados e 700 terceirizados, e estes estariam enfrentando problemas como atrasos de salários, falta de plano de saúde, além de enfrentar problemas estruturais, como ter de lavar os próprios uniformes, atribuição que caberia às empresas, entre outros.
A paralisação das atividades deve afetar a manutenção e a produção de alguns setores da Braskem, segundo a avaliação do comando de greve. Na última mobilização, ocorrida no dia 14 de setembro, os funcionários disseram que pretendiam chamar a atenção da Braskem para como as empresas contratadas por ela tratam os funcionários.
O diretor de relações institucionais da Braskem, Cláudio Pimentel, se encontra em Salvador (BA) e está vindo para Maceió para discutir a questão da paralisação dos terceirizados. Pimentel – em entrevista ao Alagoas 24 Horas – questionou o número dado pelos sindicalistas de 700 funcionários.
De acordo com diretor, nada foi afetado na produção da fábrica por enquanto. Pimentel destacou que são 10 empresas terceirizadas e questionou a representatividade do Sindipetro, já que os funcionários indiretos não são abrangidos pela categoria.
O diretor disse ainda que os trabalhadores estão em negociação com a classe patronal e que a empresa foi pega de surpresa com a manifestação da manhã de hoje.
