Ventos e Tempestades

A desvairada invasão do Iraque, por parte dos EUA, incluindo também o Afeganistão, além da permanente tensão militar contra o Irã, transformou radicalmente o panorama mundial. As nações, principalmente na Europa e os Estados Unidos da América, vivem, nos tempos atuais, sob o domínio de grande inquietação e medo permanente.

Muitos afirmam, inclusive norte-americanos, que as tropas que lá se encontram chafurdam em um atoleiro semelhante ao do Vietnã, uma guerra sem fim e perdida. Não é por acaso que os índices de popularidade do presidente Bush atingem os menores patamares em várias décadas, caindo para a faixa dos 20% de aceitação do seu governo.

Na ganância do lucro, das imensas reservas petrolíferas da região, o governo republicano transformou o início do terceiro milênio em um palco de guerras cruentas, insanas. No Iraque, o caos e o terror são generalizados. As baixas, principalmente americanas e inglesas, intensificam-se na medida em que aumentam os seus efetivos militares.

Nada faz acreditar que a insurreição, os atentados suicidas, os homens bombas venham a diminuir. Há uma cultura fundamentalista, aliada ao sentimento de nação invadida produzindo ininterruptamente soldados para a “guerra santa”, “contra os invasores ocidentais”.

São intensos os deslocamentos de combatentes provenientes de várias nações árabes, juntando-se aos insurgentes locais. O conflito espalhou-se por todas as latitudes, incluindo facções palestinas islâmicas.

Nesse caso, temos outro erro estratégico dos EUA e de Israel. Asfixiaram política e fisicamente Arafat, envenenando-o em função das condições horríveis de insalubridade na sede da OLP, esmagada pelos bombardeios israelenses, provocando grande debilidade da sua saúde. Após um longo martírio foi levado a Paris, onde morreu.

Desapareceu uma personalidade que representava a unidade do seu povo, um líder de grande prestígio internacional, laico, disposto a honradas soluções negociadas com Israel.

Aumentando a conflagração, a Turquia inicia ações militares no Iraque contra os seus históricos inimigos, os Curdos, em uma das regiões do país massacrado. Os dois povos, turcos e curdos, são aliados dos EUA.

Surgem, dessa forma, novos e explosivos conflitos, somando-se a um caldeirão fervendo. Semearam vento, colheram violenta e sangrenta tempestade, cujas conseqüências para a humanidade são imprevisíveis.

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