O Brasil terá aproximadamente 466 mil novos casos de câncer em 2008. Esta foi a estimativa anunciada nesta segunda-feira, 26, pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), durante o 2º Congresso Internacional de Controle de Câncer (International Cancer Control Congress – ICCC 2007), que acontece no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
“O objetivo das estimativas é subsidiar ações de gestores de saúde de todo o país na alocação de recursos e no investimento em programas de controle, além de informar a população de forma geral, estimulando a prevenção dos fatores de risco”, afirmou Cláudio Noronha, coordenador de prevenção e vigilância do INCA.
O tipo mais freqüente de câncer será o de pele não melanoma, com 115.010 casos a cada ano. Em seguida, estão: câncer de próstata (49.530 novos casos), mama (49.400), pulmão (27.270), cólon e reto (26.990), estômago (21.800) e colo de útero (18.680).
“Hoje no Brasil e no mundo a tendência é o crescimento dos casos de câncer, relacionado ao envelhecimento da população e à exposição prolongada a fatores de risco. Nos países desenvolvidos, o câncer já é a primeira causa de morte. No Brasil, há 20 anos o câncer era a quarta causa de morte. Atualmente é a segunda, atrás apenas das doenças cardiovasculares”, disse o diretor do INCA, Luiz Antonio Santini, ressaltando, no entanto, que 60% dos casos de câncer têm cura.
Entre os homens, a estimativa indica que serão registrados 231.860 novos casos de câncer, sendo os tipos mais incidentes o câncer de pele não melanoma (59 novos casos a cada 100 mil homens), próstata (52/100.000), pulmão (19/100.000), estômago (15/100.000) e cólon e reto (13/100.000).
Já entre as mulheres, apesar de o número absoluto de casos ser similar à incidência esperada entre homens – 234.870, o que representa 50,3% do total de casos em 2008 –, o perfil é bastante diferente. Esperam-se 51 novos casos de câncer de pele não melanoma a cada 100 mil mulheres, seguidos pela incidência de câncer de mama (51/100.000), colo de útero (19/100.000), cólon e reto (15/100.000) e pulmão (10/100.000). Em todas as regiões do Brasil, o câncer de mama será o mais freqüente, com exceção do Norte, onde o câncer de colo de útero será o mais incidente.
