Davino depõe sobre o Caso Cícero Belém

Sionelly Leite/Alagoas24horasAdvogado diz que processo não apresenta provas contra Davino

Advogado diz que processo não apresenta provas contra Davino

O ex-secretário de Defesa Social e delegado Robervaldo Davino chegou ao Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes por volta das 7 horas da manhã de hoje. Davino entrou na sala reservada para o depoimento antes mesmo da chegada da imprensa. O depoimento – dado aos juízes da 17ª Vara Criminal, Rodolfo Osório e Braga Neto – durou quase três horas.

Na saída, Robervaldo Davino – acompanhado do advogado de defesa Fernando Maciel e do presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil, Antônio Carlos Lessa – falou pouco com os jornalistas. Para a maioria das perguntas, o delegado tinha apenas uma resposta: “No momento oportuno eu falo em detalhes, por enquanto nada a declarar e o que for necessário, meu advogado vai passar para vocês”.

O ex-secretário é acusado de ser autor intelectual da morte do pistoleiro Cícero Belém, facilitando a fuga dos autores materiais, que também vão depor na manhã de hoje. “Eu peço desculpas a vocês da imprensa, mas só quem vai falar será meu advogado. Durante o depoimento eu falei o suficiente e respondi a todas as perguntas que me foram feitas”, disse Davino.

O advogado Fernando Maciel destacou que Davino depôs dentro do processo de defesa prévia e que diante da ausência de fatos e provas, a Justiça deve – em breve – reconhecer a inocência do delegado. O advogado destacou ainda que o Tribunal de Justiça foi rápido ao emitir o habeas corpus, que possibilitou a soltura de Robervaldo Davino ainda durante o fim de semana.

“Primeiro nós ingressamos com um habeas corpus destacando a ausência de provas. Em seguida, o juiz Mário Ramalho requisitou detalhes do processo e pediu o prazo de 72 horas, que se encerraria hoje. No entanto, uma matéria divulgada no Alagoas 24 Horas traz novidades sobre o caso apresentando uma matéria com a versão da testemunha-chave do homicídio de Cícero Belém. Então, ingressamos com outro pedido de habeas corpus, com base na reportagem, que foi julgado ainda no sábado”, salientou o advogado.

Maciel destacou que o primeiro habeas corpus ainda continua valendo, porque existem mais fatos a serem analisados pela Justiça. No entanto, o advogado não quis entrar em detalhes sob a desculpa de que o processo corre em segredo de Justiça. “A tese da defesa se dá pela ausência de provas; quanto à guerra interna na Polícia Civil de Alagoas, eu desconheço o fato e em momento nenhum é feito menção a isto na defesa”, salientou ainda o advogado, ao ser questionado sobre a “rixa” entre a atual cúpula da segurança pública e a antiga, que era comandada pelo ex-secretário.

Fernando Maciel avaliou ainda como “bom” o depoimento de Davino. “Ele, a meu ver, esclareceu pontos que ainda eram questionamentos abertos para os juízes. Claro que são os magistrados que avaliarão isto”, disse. O advogado de defesa destacou ainda que em relação ao assassinato de Cícero Belém, o que Davino fez – na época – foi “ao ter conhecimento do fato, tomar todas as medidas cabíveis para elucidar o crime”, finalizou.

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