Inadimplência da taxa de incêndio chega a 86%

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Bombeiros apresentam material adquirido durante o ano

De acordo com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Jadir Ferreira, a corporação deve se empenhar em 2008 para cobrar a taxa de incêndio. Em coletiva com a imprensa, o coronel destacou que a inadimplência chega a 86%. Ele disse ainda que a taxa é obrigatória e que o Corpo de Bombeiros, juntamente com o Governo do Estado de Alagoas, vai procurar formas legais de cobrar os valores que não foram pagos.

Jadir Ferreira disse, ainda, que o Corpo de Bombeiros já está adotando medidas para melhorar a cobrança. “A partir de 2008 a taxa não mais será cobrada junto com o IPTU, mas sim em um boleto bancário separado”, destacou. O coronel revelou ainda que teve problemas com agências bancárias.

“Havia caixas que passavam para as pessoas que a taxa não era obrigatória. Mandei ofício para as gerências colocando que se não quisesse ajudar, pelo menos não atrapalhasse, pois os Bombeiros precisam deste dinheiro para comprar equipamentos e continuar atendendo melhor a sociedade”, colocou.

Jadir Ferreira disse ainda que se a corporação conseguir 80% de pagamento da taxa de incêndio pode vir a recolher R$ 2 milhões/ano, o que – segundo o comandante – significa novos equipamentos, viaturas, entre outros investimentos. “Vamos sentar com a Procuradoria Geral do Estado para procurar formas de aumentar esta arrecadação. Temos um potencial de quase R$ 3 milhões de recursos que podem ser arrecadados”, disse.

Atualmente, o Corpo de Bombeiros tem um custeio mensal de R$ 232 mil. Jadir Ferreira destacou a produtividade da corporação em 2007 que – conforme planilha apresentada por ele – autuou em mais de nove mil ocorrências, até o dia de hoje. “Houve vários avanços como capacitação profissional, cursos, novos equipamentos, palestras e um trabalho muito bem feito de prevenção”, salientou.

Neste ano, o Corpo de Bombeiros recebeu ainda 600 novos soldados e participou de diversas operações, entre elas, de combate à seca nos municípios em estado de emergência. “Com as ações preventivas, alguns incêndios têm sido extintos na prancheta”, disse ainda o comandante.

A corporação conta – hoje – com 1.408 homens. “É apenas 50% do efetivo que precisamos e que é determinado por lei”, disse ainda.