Apesar das informações contundentes dadas pelo seqüestrador conhecido como “Carioca”, a polícia procura apenas pelo vereador de Rio Largo, Júnior Pagão, que é apenas mais um dos integrantes da quadrilha – o chefe, segundo “Carioca” é um deputado, mas a polícia não revelou o nome citado pela testemunha.
O delegado Carlos Alberto Reis, que preside o inquérito, explicou que o motivo do sigilo “ é para não prejudicar as investigações, evitando, assim, que o acusado fuja”.
Como é impossível acreditar na fuga do deputado apontado pelo seqüestrador a reação da polícia, diante do caso, acaba aumentando a suspeita de que, no máximo, o vereador de Rio Largo, que tem passado de crime, é que deve ser responsabilizado.
A suspeita do envolvimento de deputados com o crime de seqüestros, assaltos a bancos, roubo de cargas e assassinatos é antiga; o pistoleiro Fernando Fidelis e o ex-PM Garibaldi já haviam contado à Justiça que dois deputados chefiam as quadrilhas – Fidelis acabou assassinado dentro do presídio e Garibaldi foi liberado da prisão, pois estava jurado de morte.
