O ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin, evitou neste sábado se pronunciar sobre o eventual ingresso do Brasil no G8, durante uma entrevista coletiva em Moscou após uma reunião do grupo.
"Não posso dizer nada por hora", destacou Kudrin, quando um jornalista lhe perguntou se o Brasil poderia integrar o G8.
"Apreciamos muito a participação do Brasil nesta reunião de ministros das Finanças em Moscou do Grupo dos Oito", ressaltou, contudo, Kudrin.
Os ministros da Economia do Brasil, China, Índia e África do Sul foram convidados neste sábado a participar de um café da manhã de trabalho com seus colegas do G8. Esta reunião tratou essencialmente das negociações da OMC (Organização Mundial do Comércio).
O ministro da Fazenda brasileiro, Antonio Palocci, participou deste café da manhã e também manteve um encontro bilateral com Kudrin.
O Grupo dos Oito é integrado pelas sete democracias mais ricas do planeta (Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, Japão, França, Alemanha, Itália), mais a Rússia.
A Rússia foi convidada em 1998 para o clube, que se chamava G7 e se converteu assim em G8, em um gesto de reconhecimento ao presidente Boris Yeltsin por seus esforços em favor da democratização do país.
Os ministros das Finanças do G8 pediram mais esforços a todos os países com o objetivo de concluir com êxito a Rodada de Doha, que pretende liberalizar o comércio mundial, essencial para "reforçar o crescimento e reduzir a pobreza", segundo o comunicado final do encontro.
"A conclusão da Rodada de Doha antes do final de 2006 é essencial para reforçar o crescimento e reduzir a pobreza no mundo", afirma o texto do G8.
"Porém, depois da reunião ministerial de Hong Kong da OMC (Organização Mundial do Comércio), em dezembro passado, são necessários mais esforços para alcançar este objetivo", acrescenta a nota.
O G8-Finanças, que realizou um encontro neste sábado na capital russa, incentiva todas as partes "a chegar a um amplo acordo que permita avanços significativos na agricultura, produtos industriais e serviços, incluindo os serviços financeiros e propriedade intelectual".
