Festa do Oscar neste domingo pode ser do orgulho gay

Esta noite pode significar um novo e positivo período para o orgulho gay. Quando o sugestivo 24º envelope da 78ª cerimônia de entrega do Oscar for aberto no Kodak Theatre, em Los Angeles, saberemos se o romance pastoril O Segredo de Brokeback Mountain confirma seu favoritismo. Ou se vencerá o thriller político Munique, de Steven Spielberg. Ou ainda se a estatueta ficará com o libelo anti-preconceito racial Crash – No Limite, com as angústias de um escritor na produção de seu livro em Capote ou com a resistência de um jornalista que batalha pela liberdade de expressão em Boa Noite, e Boa Sorte.

O Oscar será exibido no Brasil pela Rede Globo, em TV aberta, às 23h, e pelos canais por assinatura TNT (a cerimônia) e E! (chegada dos astros no tapete vermelho e entrevistas pós-premiação). O Jardineiro Fiel, dirigido por Fernando Meirelles, tem três indicações técnicas, uma para atriz coadjuvante e nenhuma para o diretor. Portanto não é Brasil no Oscar, não. O mestre de cerimônias é Jon Stewart, que comanda um talk show cômico exibido no Brasil pela CNN.

Nesta década tem sido regra geral o diretor ficar também com a estatueta quando seu filme vence. Portanto, Ang Lee larga na frente. E, se confirmados os favoritismos do ator Philip Seymour Hoffman, por Capote, e da atriz Felicity Huffman, por Transamérica, a agenda terá o dia 5 de março como gay day.

Em disputa pelo melhor filme concorrem os que arriscaram tirar as superproduções dos holofotes apostando em temas polêmicos, controversos ou simplesmente com algo a dizer. Têm baixo orçamento – Munique custou bem mais que os demais e é a exceção – e não apelaram para facilidades comerciais.

Por isso, estão longe da freqüência de um arrasa-quarteirão (Brokeback foi visto por 10 milhões de espectadores nos Estados Unidos). O que está em jogo após o Oscar é: por quanto tempo Hollywood ouvirá este apelo artístico?

Fonte: DGABC

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