Agricultores rurais comemoram apoio do Governo

Elaine RodriguesPraça dos Martírios fica tomada de trabalhadores rurais

Praça dos Martírios fica tomada de trabalhadores rurais

Centenas de integrantes dos movimentos rurais do Estado de Alagoas estiveram, nesta tarde, na praça dos Martírios, mobilizados pelos dez anos do massacre que ocorreu em Eldorado dos Carajás. Entre as atividades de protesto, eles foram recebidos pelo governador Luis Abílio, que prometeu a distribuição de sementes nos assentamentos na próxima semana.

As atividades em protesto ao massacre, que matou 19 trabalhadores e feriu 69 no Pará, ocorre em todo o país, com ocupações e atos, como os que aconteceram em Maceió. Nesta tarde, os trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra, Movimento Terra, Trabalho e Liberdade, Comissão Pastoral da Terra e Movimento de Libertação dos Sem Terra seguiram para a sede do Tribunal de Justiça, depois da reunião com o governador.

Os agricultores ainda realizarão a Caminhada dos Mártires, seguindo para o município de Atalaia, onde cobrarão a punição dos assassinos de Jaelson Melquíades, coordenador do movimento morto no ano passado.

Reunião

Na reunião desta tarde, o governo de Alagoas prometeu que na próxima semana começará a distribuição de sementes de milho, feijão, algodão, sorgo, arroz e mamona nos assentamentos do interior.

Ao anunciar a distribuição de sementes, Luis Abílio cobrou dos movimentos sociais a elaboração de projetos para implantação de bancos de sementes nos assentamentos. A proposta foi apresentada diante da reclamação das lideranças dos sem-terra pelo atraso na distribuição. O coordenador da Comissão da Pastoral da Terra (CPT), Carlos Lima, afirmou que, dentro de um mês, os movimentos irão apresentar um projeto à Secretaria Executiva de Agricultura para implantação dos bancos de sementes.

Os agricultores rurais também cobraram a elucidação dos assassinatos de lideranças dos movimentos e a liberação de nove sem-terra que estão presos, acusados de envolvimento em saques aos caminhões na BR-101, em Messias.

Sobre as cobranças, o diretor-geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, explicou que não depende mais do Estado a liberação dos sem-terra presos, já que eles estão à disposição da Justiça. “Já temos pessoas indiciadas, pedidos de prisão e mandados de busca e apreensão em relação a esses crimes. A Polícia Civil e o Centro de Gerenciamento de Crises da PM têm atuado em todos os processos que envolvem as questões de conflitos agrários, mas infelizmente nem tudo depende só da polícia”.

Com informação da Agência Alagoas

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos