Alagoas terá nova malha ferroviária

A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) anunciou hoje que as obras de recuperação da malha ferroviária alagoana já tem datas de início, entrada em operação e conclusão. De acordo com o diretor da empresa, Jorge Luiz de Mello, a reforma terá início no próximo dia 26, com prazo de conclusão de 20 meses. Porém, em 16 meses (ou seja, em outubro de 2007), o trecho já pode entrar em operação.

Mello participou de uma reunião na sede da Federação da Indústria de Alagoas (Fiea) e apresentou o projeto ferroviário da empresa para o Nordeste, além de mostrar o trecho a ser recuperado.
Segundo ele, as obras de recuperação serão feitas em três lotes: dois deles em Alagoas e outro em Pernambuco. O trecho recuperado liga Recife a Propiá (SE), cortando toda a zona da mata de Alagoas, num total de 600 km de malha danificada.

O trecho da ferrovia está desativado desde 2000, quando fortes chuvas inviabilizaram o tráfego de trens. Desde lá, vários produtos deixaram de mandar mercadorias para o Porto por meio de trens, a exemplo do setor sucroalcooleiro, de cimento e pedras. Com isso, eles tiveram o custo do transporte elevado, o que diminuiu a competitividade por causa do aumento no preço do produto final.

Investimento

O investimento na obra de recuperação de todo o trecho será de R$ 111 milhões, e as reformas nos três lotes terão início simultâneo, assim como o início das obras da Transnordestina. “Com a recuperação, a malha ferroviária de Alagoas vai será interligada à Transnordestina no município do Cabo de Santo Agostinho (PE)”, afirma. A obra da Transnordestina só deverá estar concluída em 2010.

O secretário coordenador de Desenvolvimento Econômico, Arnóbio Cavalcanti, comemorou a informação repassada pela CFN. Para ele, a ferrovia vem a impulsionar Alagoas dentro do potencial logístico do estado. “A posição geográfica de Alagoas é um diferencial nesse sentido. A ferrovia recuperada se torna mais um diferencial para que Alagoas tenha nesse vetor um foco de desenvolvimento”, completa.

Para o secretário da Indústria e Comércio, Alberto Cabus, a reforma da malha trará benefícios, como a diminuição de custos no transporte de produtos, ajudando setores a aumentar a competitividade. “É preciso pensar Alagoas nesse novo modelo ferroviário nordestino, e não só na reforma da nossa malha. Assim, poderemos maximizar a utilização desse tipo de transporte e diminuir os custos do setor produtivo”, afirma.

Fonte: Assessoria

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