Comandante reconhece fraude

Elaine RodriguesComandante mostra candidatos que fizeram a mesma pontuação

Comandante mostra candidatos que fizeram a mesma pontuação

O comandante do Corpo de Bombeiros, Jair Cordeiro, reconheceu, agora há pouco, a fraude que houve no concurso para preencher 643 vagas da instituição. O comandante afirmou que não iria pedir a anulação dos testes, mesmo considerando o esquema que pode ter beneficiado alguns candidatos.

“Temos a certeza que essas pessoas participaram da fraude; eles não serão chamados para fazer a prova, mas isso é motivo para que a Polícia Federal acompanhe esse candidatos”, afirmou o comandante.

As primeiras 12 pessoas – todas de Recife e a maioria das famílias Lima e Oliveira – conseguiram fazer o mesmo percentual de acertos, 34 questões em Português; 16 em Conhecimentos Gerais; e 40 em Matemática, totalizando 90 pontos.

“Falei com o professor José Carlos, da Copeve, e ele disse que nenhum deles fez cálculos na prova de Matemática. Agora vamos cruzar as listas da polícia com os aprovados e vamos retirar os que fraudaram o concurso, por isso, as vagas serão preenchidas com outros candidatos, na ordem de classificação”, explicou Jair Cordeiro.

Ao todo, 20.668 pessoas fizeram a inscrição para o concurso do Corpo de Bombeiros. Após a homologação do concurso, os candidatos nomeados serão convocados, mediante ordem classificatória, a participar dos testes pré-admissionais para o Curso de Formação de Praças, sendo este para os cargos de Soldado Combatente e Músico. Os cargos de nível superior serão convocados para o Estágio de Adaptação de Oficiais.

Lista dos 12 primeiros

Cleydson Lima da Silva
Ricardo de Melo Pereira
Gleison Alexandrino Pantaleão
Mauro Roberto Oliveira Melo
Wellington Pereira de Lima
Ivaldo do Nascimento de Souza
José Sérgio Trindade de Lima
Moab Oliveira de Andrade
Vicente Nogueira da Silva Júnior
Idson Gomes Cunha
Humberto Oliveira de Lima
Ewaldo Ananias Aquino

Fraude

No dia 14 de maio, uma denúncia anônima levou a Polícia Civil a desbaratar uma quadrilha que envolve um policial da Oplit, Antônio Carlos Lins de Vasco; um cabo do Exército Brasileiro, Wellington de Souza; e outras duas pessoas, Carlos Rodrigo Barbosa de Barros Leão e Ubiratan Amorim da Silva Amaral, num esquema para fraudar o concurso público da Polícia Militar de Alagoas.

O esquema foi descoberto no escritório Maxim Contabilidade e Assessoria Jurídica LTDA, onde os policiais encontraram uma lista com 187 nomes de pessoas que supostamente seriam beneficiadas no concurso, que teve mais de 30 mil inscritos.

Dentro de uma gaveta foi encontado cerca de R$ 93 mil, a maior parte em dinheiro. Os policiais também encontraram vários cheques, com valores em média de R$ 3 mil. A maior quantia num único cheque foi de R$ 9 mil.

Depois que parte da lista foi divulgada pela imprensa, os candidatos ao concurso do Corpo de Bombeiros encontraram alguns aprovados, entre os nomes citados na lista, o que motivou mais denúncias de fraude.

"Vemos que alguns nomes da lista passaram com a mesma pontuação, mas os outros candidatos não devem se preocupar, porque a Polícia Federal investigará essas pessoas e elas serão desclassificadas", finalizou o comandante Jair Cordeiro.

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