Representantes de diversas entidades debateram a situação dos mendigos em Maceió
Diversas entidades estiveram reunidas na manhã de hoje, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Maceió (CDL), onde debateram a situação dos mendigos que atuam no Centro da cidade.
Compareceram à reunião representantes da Secretaria de Assistência Social do Município, Conselhos Tutelares da 1ª e 2ª Regiões, Polícia Militar, Guarda Municipal e Associação dos Retalhistas.
Durante o encontro foi apresentado um relatório, elaborado pela Secretaria de Assistência Social, por meio do Projeto Acolher Guardião, que traça o perfil socioeconômico das pessoas que vivem em situação de mendicância no Centro.
De acordo com o dados apresentados no relatório, cerca de 32 famílias esmolam no Centro de Maceió, destas, aproximadamente 90% possuem renda fixa, como salários ou benefícios, o que em tese lhe garantiria o sustento sem que precisassem mendigar.
Diante dos números, o professor César Sousa, coordenador do Acolher Guardião, sugeriu a adoção de medidas educativas para reduzir estes números, por meio do trabalho de conscientização dos pedintes, lançamento de campanhas educativas com a população do Estado para abolir a esmola, além de trabalho conjunto com o Ministério Publico Estadual para adotar medidas legais que coíbam a ação dos mendigos.
César Sousa citou, ainda, como exemplo de sucesso uma campanha adotada no Estado de Sergipe, que conscientizou a população a não dar esmolas. Estratégia semelhante deve ser adotada em Maceió, com o lançamento de uma campanha similar.
Outro ponto destacado durante a reunião foi o baixo número de crianças e adolescentes trabalhando no Centro da cidade, que segundo as entidades já reflete o trabalho desenvolvido pelos conselheiros tutelares.
Após o diagnóstico dos principais problemas enfrentados pelas entidades com relação aos mendigos do Centro de Maceió, deverá ser ocorrer uma ação multidisciplinar, que contará com a participação de todos os órgãos que prevê, entre outras medidas, o encaminhamentos dos pedintes que atuam no Centro, mas são oriundos de outros estados.
Estes cidadãos serão encaminhados às suas cidade de origem, após contato com a Secretaria de Assistência local, para que seja dado suporte e que ele não volte a Maceió.
Quanto às pessoas que possuem documentos de identificação, será solicitado ao Instituto de Identificação do Estado que forneça este documento, para que as demais medidas legais sejam adotadas.
No caso específico das famílias que possuem renda, o trabalho das entidades será educativo e proibitivo, que contará com o apoio do MP, Guarda Municipal e Polícia Militar. No caso daqueles que não possuem renda, o objetivo da Secretaria de Assistência Social é inseri-los em programas de geração de renda existentes no Estado.
