O menor de 14 anos Eric Pinheiro de Siqueira, a “Érica” foi morto por volta das 22h do sábado, com 11 tiros de pistola, calibre 380, próximo a sua residência no bairro da Pajuçara. O caso foi registrado na Delegacia de Plantão III, no Jaraguá.
Os policiais informaram que Eric era travesti e se prostituía entre as praias de Ponta Verde e Pajuçara.
Segundo informações do Movimento Pró-Vida, vários trabalhos foram realizados na tentativa de retirar o menor da prostituição, mas o garoto se negava. Representantes do movimento afirmaram que Eric era um travesti problemático, pois estava envolvido com drogas e na marginalidade.
No Instituto Médico Legal, a família de Eric estava revoltada com a morte do rapaz e chegou a atribuir o assassinado a policia. O motivo do assassinato teria sido porque Eric chegou a roubar o celular de policial militar, mas até o momento a versão não foi confirmada.
O Pró-Vida afirmou ainda que tentou a retirada do menor da prostituição através do Conselho Tutelar que não quis se envolver com o caso.
O assassinato de Eric vai ser investigado pela Delegacia de Crimes contra a Criança e o Adolescente, com a delegada Ana Luíza Nogueira.
GGAL
Para o presidente do Grupo Gay de Alagoas (GGAL), José Carlos Mérten, há três meses não se registrava casos de morte de homossexuais no Estado. O fato seria até motivo de comemoração durante a Parada do Orgulho e da Diversidade Homossexual, que acontece hoje em Arapiraca.
Segundo Mérten – que esteve na manhã de hoje no IML -, a morte do menor é lamentável e amanhã o GGAL deve novamente se reunir para discutir uma possível reunião com o secretário de Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, para cobrar agilidade nas investigações de casos homofóbicos em Alagoas.
"O Eric infelizmente era problemático, mas isso não justifica a barbaridade de cometer um homicídio. Ele estava participando de um projeto do Pró-Vida, onde tinha aulas de cabeleireiro na tentativa de largar a prostituição e ter uma profissão que não traga riscos, mas ele chegou diversas vezes a roubar clientes e até companheiros do curso. É uma pena que isto tenha acontecido com ele e vamos cobrar punição aos culpados, pois nada justifica o crime", completou Mérten.
