Viajar nas férias com a família é um programa dos mais agradáveis no fim de ano. Levar o animalzinho de estimação também é muito legal, mas é preciso tomar alguns cuidados seja qual for o seu destino. Basta seguir algumas recomendações do Ministério da Agricultura, que regulamenta o transporte de animais no Brasil, em avião, trem, navio e ônibus.
Algumas empresas aéreas permitem até que você possa viajar com o animal sob a poltrona do avião, mas é preciso entrar em contato para tirar possíveis dúvidas, pois cada uma tem regras específicas. Assim você evita surpresas desagradáveis na viagem. Uma das exigências é que ele tenha, no máximo, cinco quilos.
Os animais costumam viajar no compartimento de bagagem, acondicionados em caixas especiais em que eles possam ficar em pé e se mover. Ele também tem de conseguir dar uma volta em seu próprio corpo para que a viagem seja efetivada. Também é possível que o animal viaje na cabine em casos especiais, como os acompanhantes de deficientes visuais, que não pagam taxa extra.
Caso você vá viajar pelo Brasil, o Ministério da Agricultura exige o Certificado Sanitário, com a raça, o nome, origem do animal (com pedigree, caso haja), nome do proprietário e carteira de vacinação completa emitida por um veterinário registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária e do estado de origem.
Para os casos de animais com até 120 dias de idade é necessário apenas um atestado de saúde. Acima dessa idade, o bicho de estimação deve estar com a vacinação anti-rábica e a tríplice em dia. Isso deve ser feito 30 dias antes de entrar com o pedido do documento e com prazo máximo de um ano. Nos dois casos, é preciso constar os tipos de vacinas ministradas, o nome do laboratório, a data, a identificação do animal e do número de partida.
Desde julho de 2006, a Guia de Transporte Animal (GTA) não é mais exigida para viagens no território nacional com cães e gatos, mas os proprietários devem possuir todas as documentações citadas anteriormente. “Para viajar com peixes ornamentais, animais de pequeno porte como o hamster e a chinchila, por exemplo, o GTA ainda é necessário”, explica o veterinário Franz Wilhelm Slavic.
Fiquei atento para a necessidade de visto
Para viagens internacionais, os animais precisam do Certificado Zoosanitário Internacional (CZI), que pode ser obtido, de graça, no Departamento de Sanidade Animal do Ministério da Agricultura. O documento é emitido na hora. Para isso, o dono do animal de estimação precisa providenciar o Certificado Sanitário, que tem validade de três dias.
Consulte o consulado do país de destino para saber se o bicho de estimação precisa de visto para não ser barrado na chegada ao país estrangeiro. O CZI tem validade de oito dias e, caso o retorno da viagem seja feito depois desse período, é necessário retirar outro.
A única medicação exigida para embarque é a tranqüilização do animal. “Isso é feito para evitar que os animais fiquem estressados e para que os funcionários das empresas aéreas possam manejar as caixas de transporte com segurança, tanto em viagens nacionais quanto internacionais. O tranqüilizante tem duração de 6 a 10 horas”, segundo o médico veterinário Franz Wilhelm Slavic.
Regras específicas
Se você vai viajar de ônibus, não há regras específicas, mas as empresas aceitam apenas animais de pequeno porte e acondicionados em caixas de transporte. É necessário estar com as vacinas em dia, com apresentação da carteira de vacinação e da Guia de Transporte Animal (GTA).
Nas viagens em navios, há regras de acordo com cada embarcação. Alguns navios possuem canis, mas é recomendável que o proprietário consulte o seu operador de viagem.
Em trens, as condições de transporte variam de acordo com a companhia e a legislação de cada país. Algumas empresas não permitem passageiros com animais de qualquer espécie ou tamanho. Em outras, pequenos animais podem viajar de graça, mas os maiores pagam uma tarifa.