Acusado de cometer chacina admite conhecer vítimas, diz PC

Polícia dá detalhes sobre prisão de Charly dos Santos Muniz e identifica ainda uma segunda pessoa.

Delegado Antônio henrique (à esq) e José Carlos (à dir) durante coletiva (Foto Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)
Delegado Antônio henrique (à esq) e José Carlos (à dir) durante coletiva (Foto Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)

A Polícia Civil divulgou, na tarde desta quarta-feira (11), mais detalhes sobre o homem preso suspeito de ter matado quatro pessoas de uma mesma família, em Guaxuma, no último domingo (08). De acordo com o delegado Antônio Henrique, da Delegacia de Homicídios (DH), Charly dos Santos Muniz foi identificado por uma testemunha que teria flagrado ainda a participação de uma segunda pessoa no crime.

Por meio de reconhecimento fotográfico, a polícia conseguiu chegar até Charly que estava na casa de parentes, no povoado de São Bento, em Maragogi. “Tivemos o reconhecimento fotográfico e pessoal, ele foi preso por causa de outro homicídio ocorrido em maio deste ano e, desde ontem, está preso. Não temos dúvidas também da participação na chacina”, garante o delegado.

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Segundo Antônio Henrique, o suspeito foi flagrado por uma testemunha que transitava nas imediações do Sesc Guaxuma, quando teria avistado um homem saindo da mata com um facão todo ensanguentado. Ela flagrou ainda que um segundo indivíduo aguardava o suspeito em uma moto. “A prova que temos é uma testemunha que o observou de perto, na altura do Sesc Guaxuma, um individuo com o facão todo ensanguentado, respingando sangue na bermuda… e ele atravessou a estrada todo assustado”, narra o delegado.

Com isso, a polícia realiza buscas para capturar o quanto antes o outro suspeito e encerrar o caso. “Não descartamos a participação de uma terceira pessoa como mandante do crime, mas estamos convencidos de que o Charly participou sim da execução”, disse.

O nome do outro suspeito não foi revelado. O motivo, segundo a polícia, seria para não atrapalhar as investigações.

Charly responde na Justiça por pelo menos dois crimes contra a vida, todos registrados na região de Pescaria. Tido como alguém “famoso” na região, principalmente por executar pessoas, a polícia levanta também a a sua ficha criminal junto a Força Nacional – que operava na localidade durante o Brasil Mais Seguro.

Enquanto isso, o motivo da chacina permanece um mistério. Em depoimento prestado à polícia, o suspeito negou todo o envolvimento, mas admitiu conhecer a vítima, o caseiro Esvaldo da Silva Santos, de 29 anos. “Ele apresenta ainda um corte na altura do peito e deu várias justificativas para nós de como teria conseguido, dizendo que foi um acidente no mato, outra vez com arame”, relata o também delegado José Carlos, coordenador da DH.

A chacina

O crime ocorreu durante a madrugada do último domingo (08), quando Evaldo da Silva Santos, sua esposa Genilza de Oliveira Paz, de 25 anos, e os filhos: Maria Eduarda, de 9 anos, e uma criança identificada apenas como Guilherme, de apenas dois anos, foram encontrados mortos com golpes de facão em Guaxuma. Uma terceira criança de 5 anos sobreviveu ao atentado. Ela é considerada a testemunha-chave do crime. A criança recebe tratamento de psicólogos e ainda não prestou depoimento para a polícia.

Genilza foi encontrada pela polícia seminua, o que leva a crer também que além dos homicídios houve ainda um possível estupro. O laudo de conjunção carnal deve sair nos próximos 20 dias.

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