Blog

Usuário Legado

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Airan e Toledo conversam sobre crise na Assembleia

A artilharia pesada da Assembleia Legislativa contra o Tribunal de Justiça dividiu os desembargadores. Há uma reação interna, de solidariedade, a Orlando Manso, e uma tentativa de aproximação- carregando uma bandeira da paz nas mãos- através de outro integrante do tribunal, Tutmés Airan. O presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB) e Airan conversaram hoje por telefone. Acordaram que deixarão “a poeira baixar” para, mais à frente, discutir as ameaças da Assembleia contra o TJ.
Por um lado, a decisão do STJ, livrando os deputados da prisão, traz uma decepção para Manso. Nem sempre a Justiça é justa, mesmo para o mais velho dos desembargadores no cargo.
Mas, a Assembleia, que enfrenta a ameaça de um pedido de intervenção federal (nas mãos do ministro do STF, Gilmar Mendes, voz solidária ao Judiciário alagoano) evitará, pelo menos este foi o sinal na conversa entre Airan e Toledo, novos ataques diretos. Houve um claro recado ontem, do presidente da Assembleia: os deputados têm munição para atirar- e atingir- magistrados alagoanos; e houve um recado hoje, de outro desembargador: “Eles podem vir com CPI. Todo mundo sabe porque os deputados fazem uma CPI: é para ganhar alguma coisa. O que será?”. Pois é: o que será?
Assim, a Assembleia não abre uma CPI, “esquece” a intervenção federal no tribunal e “acelera” o processo contra Ferro no Conselho de Ética; do outro, o tribunal evita uma resposta dura aos deputados e insiste no afastamento de Ferro. A não ser que Orlando Manso desista da ação contra o deputado.
Será um acordo diplomático, com um apoio interessante: do corregedor do TJ, José Carlos Malta Marques, um dos mais próximos integrantes, no tribunal, da presidente, Elisabeth Carvalho do Nascimento. Ele está em Brasília, em um encontro de corregedores. Um lugar não tão distante de Gilmar Mendes, aquele do pedido de intervenção, na Assembleia.
Nas cláusulas deste quase acordo, não estão incluídos os promotores e os procuradores de Justiça, mais particularmente um: o chefe do Ministério Público Estadual, Eduardo Tavares Mendes. Vale atacá-los, de qualquer jeito. Nas palavras, frise-se.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos