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Luis Vilar

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Ambientalista: ‘Braskem ali é um risco’

O ambientalista Alder Flores falou com este blogueiro, durante o fim de semana, e avaliou a explosão e o vazamento ocorrido na Braskem, no final da semana. De acordo com Flores (que já esteve à frente do Instituto do Meio Ambiente) no local em que a Braskem é localizada em Maceió, o risco é sempre constante. “Em empresas deste porte, o que é necessário é uma fiscalização rígida e um monitoramento constante por parte dos órgãos responsáveis”, coloca.

Segundo Alder Flores, sempre há o risco. “A diferença se dá pelo local onde este tipo de indústria está localizado. Isto não é do desconhecimento de ninguém, pois se trata de produtos químicos e da convivência da população muito próxima, o que significa o risco de contaminação”. Em relação ao recente acidente, Flores destaca que é necessário que haja uma auditoria externa de feita por uma empresa independente e a entrada do Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal no caso.

O ambientalista ressalta que o vazamento pode ocorrer por diversos fatores, inclusive a falha operacional. “Estes acidentes podem ter problemas internos, ou externos, quando envolve a própria população, como foi o caso deste vazamento. Já ocorreram outros graves, inclusive com vítimas fatais. Teve acidentes na década de 80 e 90. O local onde a indústria se encontra não é viável. Não é adequado”, colocou.

“Já houve outros acidentes, como citei, e este tipo de empreendimento deveria ser localizado em um local onde há só indústrias. Haveria o risco, mas seria diferente, devido às consequências externas. Uma indústria dessas tem riscos ao meio ambiente e à população, que é o maior bem e quem mais deve ser preservado. O ser humano deve ser o bem maior neste caso”, colocou Alder Flores.

De acordo com Flores, “são produtos altamente voláteis e inflamáveis”. “Eu volto a frisar que não é do desconhecimento de ninguém que os vazamentos – em menor ou grande porte – existem e que é necessário um monitoramento constante e uma fiscalização efetiva e de rígido controle, pois um problema como este é de consequências muito desagradáveis para o meio ambiente e para o homem. Poderia ter tido vítimas fatais no dia de ontem, pelo que vi”, colocou.

Ao avaliar o vazamento ocorrido no sábado, 21, Alder Flores frisou que “pelo número de hospitalizados foi um acidente gravíssimo e poderia ter consequências maiores”. O ambientalista coloca que é preciso que se reavalie o processo de licenciamento. “Precisamos de uma auditoria externa, que passe por uma avaliação desde os poços de perfuração que fica no Mutange, até a geração de produtos da indústria”, frisou.

Auditoria

Alder Flores ainda destaca a importância de uma auditoria avaliar a situação da manutenção dos equipamentos da Braskem. “É importante salientar que uma multa só a ser aplicada não resolve. Por isto, se faz mais que essencial uma auditoria externa, com uma empresa terceirizada. É preciso que os órgãos fiscalizadores cobrem isto, pois há dispositivo legal para que se faça, sobretudo, porque se sabe que já houve acidentes no passado. É preciso exigir ainda um estudo de risco e de segurança”, colocou.

O ambientalista coloca ainda que no passado os acidentes apontaram como causas falhas operacionais e manutenção. “Os órgãos competentes precisam agir de forma competente, com precisão e ter condições de atuar”, finalizou Alder Flores.

Resposta

Caro Alder Flores, de fato houve um erro meu na frase que foi escrita. Grato por destacar. Muito obrigado, agradeço a participação e peço desculpas, mas o erro não foi proposital. Correção devidamente feita com a retirada da frase.

Aos leitores, também peço desculpas pelo erro cometido. O comentário de Alder Flores abaixo é a informação que faz sentido. Gratos!

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