Cidade suja não merece abrigar seleções na Copa

O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse estar trabalhando para que a cidade de Maceió passe a ser uma subsede da Copa do Mundo de 2014. Essa, parece, que é história para inglês ver.
Sem a mínima infra-estrutura e com a violência transformada em epidemia, como o governo de Alagoas pode pleitear que aqui se abrigue uma seleção de outros países? Além disso, como os milhares de visitantes iriam ver o abandono em áreas privilegiadas de Maceió, como o Dique Estrada que dá acesso justamente ao Estádio Rei Pelé?
É muito pretensão o governo de Alagoas querer seleções em nosso Estado. No Dique Estrada, que é de responsabilidade do município, os urubus fazem a festa, os animais circulam livremente pela orla lagunar e até cocho fixo tem instalado no canteiro central. Isso sem falar na imundície do local, com toneladas de lixo a céu aberto, palhoças construídas às margens da pista, fedor insuportável de restos de peixes e sururu e ainda estandartes de calcinhas, cuecas e outros agasalhos pendurados em arames.
Realmente, é um espetáculo à parte se qualquer seleção for passar por lá para chegar ao Rei Pelé. Antes de qualquer providência, o governo deveria se preocupar com a violência que já faz parte do noticiário internacional.
Em vez do ministro Aldo Rebelo trabalhar para trazer seleções, que traga mais quadras esportivas para construir na periferia da cidade e contribuir para que crianças não mergulhem no mundo das drogas.
Trazer seleções de outros países para Maceió, é o fim da picada.