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Nossa Convidada Aborda Diabetes Mellitus

Ana Paula Calixto
Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Breve Psicodinâmica, Ludoterapeuta
e Especialista em Psicologia Jurídica
Contatos: (82)8812-9996 Oi/9106-2222 Claro/9606-3766 Tim
Fanpages: www.facebook.com/PSICCLIN e www.facebook.com/calixtocasadocursosal
E-mail: anapaulacalixtoal@hotmail.com

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Diabetes Mellitus: Um Desafio a Ser Enfrentado com Ajuda Psicológica

Viver com diabetes mellitus requer uma vida inteira de comportamentos especiais de autocuidado. Prestar assistência a essa pessoa deve ir além de ajudá-la a controlar os sintomas, a viver com incapacidade e adaptar-se às mudanças sociais e psicólogas decorrentes da doença. É preciso ter com ela uma abordagem compreensiva que leve em conta a complexidade, a multiplicidade e a diversidade da doença crônica. Por esses motivos dar liberdade ao paciente ou do cuidador, para fazer opções no autocontrole é condição essencial para mudança efetiva de comportamento. Assim, reconhece a comunidade científica, é uma forma de reconhecer o direito e a responsabilidade do paciente no tratamento e valorizar o seu papel na tomada de decisões.
Recentemente, evidências sugeriram que pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 freqüentemente apresentam comportamento psicológico alterado, podendo afetar o seu tratamento.Kovacs (2002) adverte que se tratando especificamente do paciente portador de diabetes tipo 1, torna-se quase impossível separar os aspectos psicológicos e psicossociais dos aspectos clínicos envolvidos. Segundo Arrais e col. (2003), o diabetes interfere diretamente nos fatores nutricionais e hormonais e indiretamente nos psicossociais. Segundo o autor, com uma freqüência maior a da população em geral, os pacientes diabéticos apresentam descontrole emocionais, sinais de irritabilidade e instabilidade afetiva. Tais situações parecem ser relacionadas às neuroses impostas pelo tratamento continuado que requer a doença, sendo o grau de comprometimento psicológico dependente da idade, do sexo e da vivência pessoal prévia.
Há também outro aspecto que influencia a saúde emocional dos diabéticos diz respeito à sua autoimagem. Esta, geralmente, encontra-se comprometida em função do convívio com a doença. Este aspecto se agrava na medida em que os pacientes são submetidos a procedimentos mutilantes em função das complicações vasculares que aparecem com o passar dos anos. Joseph acredita ainda que esta insatisfação com sua autoimagem possa gerar baixa autoestima e estar relacionada com depressão e insegurança.
A medicina sozinha não consegue dar conta de ajudar no controle da doença para que não haja complicações, pois além de exames e medicamentos, é necessário dieta, exercícios físicos e um equilíbrio emocional, visto que estes aspectos influem diretamente sobre a doença, descontrolando-a e gravando o quadro. Portanto, não basta ter consciência da doença e suas repercussões, pois a doença física atinge diretamente o emocional e este não é determinado apenas por aspectos conscientes. O emocional é constituído, por aspectos mais profundos internamente einconscientes, que podem impedir um bom controle da doença se esta não for internamente aceita. O diabetes será enfrentado diferentemente por cada pessoa, pois dependerá da estrutura psíquica ou organização mental de cada um.
Urge a necessidade de serem descobertas novas técnicas que minimizem o impacto pessoal e econômico desta doença, por meio da prevenção, detecção e tratamento eficazes. É necessária a investigação de barreiras emocionais e comportamentais ao efetivo tratamento da doença e sua relação com o controle da glicemia, colocando sempre como foco a pessoa, e não a doença.
Foram divulgadas recentemente, pela American Diabetes Association (ADA), as últimas recomendações sobre a avaliação e a assistência psicossocial necessárias para atingir um efetivo tratamento do DM. Na assistência psicossocial, a avaliação psicossocial foi considerada de extrema importância durante todas as fases do tratamento, devendo ser incluída nas rotinas, através de mensurações constantes acerca das atitudes a respeito da doença, das expectativas com relação ao tratamento e desfechos, das medidas de afeto/humor, qualidade de vida, recursos emocionais, sociais e financeiros e a história psiquiátrica. Se for insuficiente a adesão do paciente ao tratamento sugerido, deve-se analisá-lo quanto aos transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade, transtornos alimentares e prejuízos cognitivos.

A avaliação do status psicológico dos pacientes e familiares pode ser feita em vários momentos , quando houver dificuldades em lidar com o tratamento ou com diminuição na qualidade de vida, durante o diagnóstico e as consultas regulares, em hospitalizações ou no surgimento de complicações da doença. Em qualquer momento do tratamento, o paciente pode estar vulnerável psicologicamente. No entanto, deve-se dispensar especial atenção ao período do diagnóstico ou quando o status médico se altera, por exemplo, no final do período conhecido como lua-de-mel em pacientes com DM1, quando a necessidade de intensificar o tratamento torna-se evidente ou ainda quando surgem as primeiras complicações da doença.
O acompanhamento psicológico em grupo ou individual pode melhorar significativamente a qualidade de vida do diabético, possibilitando o alívio da carga emocional ligada à doença crônica do qual é portador, além de se empregarem técnicas de aconselhamento psicológico junto aos familiares, que podem sofrer com estresse e se tornam figuras extremamente importantes na evolução emocional positiva do paciente. Para isso, faz-se necessário o conhecimento das vulnerabilidades, das comorbidades psiquiátricas, da adesão e da qualidade do tratamento, além dos fatores positivos e das potencialidades de enfrentamento da doença.
Mudanças de comportamento tão significativas quanto as que se esperam do paciente diabético, não podem ser impostas e somente se fazem ao longo do tempo, com a compreensão da necessidade de mudanças. Sensibilizar os diabéticos para compreender essa necessidade de alterações pessoais no estilo de vida é papel fundamental dos profissionais envolvidos com o tratamento do diabetes, dentre os quais, o psicólogo é fundamental.
Referências bibliográficas:
Kovacs, MJ. Morte e desenvolvimento humano. Casa do psicólogo, 2002.
Leitão, MS. O Psicólogo e o Hospital. Porto Alegre Sagra DC Luzzatto Editores, 2004
Arrais, R. Crescimento e Diabetes tipo 1. São Paulo 2007.
Sociedade Brasileira de Diabetes. Tratamento e acompanhamento do diabetes; 2007.

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