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Luis Vilar

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Pau que dá em Chico…

Desde que o Conselho Nacional de Justiça passou por Alagoas – em uma audiência pública tímida (se levado em conta a quantidade de inscritos), mas bastante barulhenta, no teor das denúncias feitas – o Poder Judiciário do Estado de Alagoas foi posto na berlinda. Isto, ironicamente, logo depois deste Poder ter cumprido um papel fundamental da recente História Política da Terra dos Marechais, utilizando de suas prerrogativas – de forma pró-ativa – afastando os deputados estaduais suspeitos de desviarem mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos.

Agora, alguns desembargadores são apontados em esquemas supostamente irregulares. As denúncias vão aparecendo umas atrás das outras – em efeito avalanche – como é comum nos escândalos em que primeiro se vê um pedacinho de um novelo. Se for verdade ou não, se faz sentido ou não, ou se de fato o Conselho Nacional de Justiça há de comprovar práticas questionáveis por parte dos desembargadores alagoanos é outro capítulo que ainda anda sendo escrito.

Porém, o fato é que as denúncias já vieram à tona e não causaram o mesmo alarde que o suposto desvio do Poder Legislativo, que está em crise institucional desde dezembro de 2007. O papel da imprensa alagoana foi de louvável fiscalização, não se portando como espectadora, a mídia foi atuante, cobrando apuração, consequências e esmiuçando os fatos. Os jornais contaram para isto com um papel imprescindível de personagens que ficarão escritos no capítulo da História do Legislativo. Entre estes personagens estão os membros do Judiciário, como por exemplo, o desembargador Antônio Sapucaia.
O Ministério Público, a Polícia Federal e a OAB foram eficientes, sejam nas declarações, nos falatórios, como nas ações. É digno de aplausos. Porém, agora mais um Poder dá sinais de que há algo de errado no “Reino da Dinamarca”. O cidadão comum – como eu e os caros leitores – começam a ficar com pulgas atrás da orelhas e cobra, sobretudo, a força das mesmas autoridades para que seja passado a limpo as denúncias feitas ao Conselho Nacional de Justiça.

A manchete trazida pelo jornal Novo Extra é mais que preocupante, seja pela cifra apontada – de R$ 100 milhões – seja pelos personagens envolvidos, entre eles Antônio Sapucaia. Não cabe a ninguém crucificá-los sem a devida defesa, nem prejulgá-los. Porém, há uma regra simples – que pode estar explicitada em um dito popular – que deve ser observada por todas as autoridades que assumiram coragem cívica em recentes tempos passados: “pau que dá em Chico, dá em Francisco também”!

Com a palavra o próprio Judiciário, a OAB e as demais entidades…

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