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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Sensata e realista a fala do Exmo. Sr. Presidente da República Jair Messias Bolsonaro.

Tirando o sarcasmo, o presidente foi coerente em seu pronunciamento.

Ao destacar a posição do Brasil em relação ao combate ao coronavírus, pandemia que preocupa o mundo, Bolsonaro voltou a falar em ‘histeria’ e na preocupação com as medidas econômicas.

A avaliação é de que o presidente não está errado ao destacar que os efeitos na economia podem ser tão nocivos com as consequências do coronavírus para a área da saúde, mas que é preciso escolher melhor a forma de se comunicar.

O presidente aproveitou para reforçar que é contra uma paralisação total do país que pode ter efeitos nocivos à economia. “O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos”, disse Bolsonaro.

Na prática, o confinamento vai estrangular a economia e o resultado será devastador.

A fala do presidente é arriscada, mas em tese concordo com ele.

Um artigo no New York Times mostra que Bolsonaro pode estar certo sobre o Coronavírus.

Thomas Friedman, um dos colunistas mais influentes do mundo, ouviu três médicos e escreveu o artigo mais contundente até agora sobre o risco do lockdown global se estender por muito tempo.

Médicos ouvidos pelo jornalista defendem isolamento apenas de idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — e tratar o restante da sociedade como se lida com a gripe.

No texto, publicado no The New York Times, Friedman nota que os políticos estão tendo que tomar “decisões enormes de vida ou morte, enquanto atravessam uma neblina com informação imperfeita e todo mundo no banco de trás gritando com eles. Eles estão fazendo o melhor que podem.”

Mas com o desemprego se alastrando pelo mundo tão rápido quanto o vírus, “alguns especialistas estão começando a questionar: ‘Espera um minuto! O que estamos fazendo com nós mesmos? Com nossa economia? Com a próxima geração? Será que essa cura — mesmo que por um período curto — será pior que a doença?’

Friedman diz que as lideranças políticas estão ouvindo o conselho de epidemiologistas sérios e especialistas em saúde pública. Ainda assim, ele diz que o mundo tem que ter cuidado com o “pensamento de grupo” e que até “pequenas escolhas erradas podem ter grandes consequências”.

Para ele, a questão é como podemos ser mais cirúrgicos na resposta ao vírus de forma a manter a letalidade baixa e ao mesmo tempo permitir que as pessoas voltem ao trabalho o mais cedo possível e com
segurança.

Friedman diz que “se a minha caixa de email for alguma indicação, uma reação mais inteligente está começando a brotar.”

Ele cita um artigo publicado semana passada pelo Dr. John P. A. Ioannidis, um epidemiologista e co-diretor do Centro de Inovação em Meta-Pesta-Pesquisa de Stanford.

No artigo, Ioannidis diz que a comunidade científica ainda não sabe exatamente qual é a taxa de mortalidade do coronavírus. Segundo ele, “as evidências disponíveis hoje indicam que a letalidade pode ser de 1% ou ainda menor.”

“Se essa for a taxa verdadeira, paralisar o mundo todo com implicações financeiras e sociais potencialmente tremendas pode ser totalmente irracional. É como um elefante sendo atacado por um gato doméstico.

Frustrado e tentando fugir do gato, o elefante acidentalmente pula do penhasco e morre.”

Friedman também cita o Dr. Steven Woolf, diretor emérito do Centro Sobre a Sociedade e Saúde da Universidade da Virgínia, para quem o lockdown “pode ser necessário para conter a transmissão comunitária, mas pode prejudicar a saúde de outras formas, custando vidas”
“Imagine um paciente com dor no peito ou sofrendo um derrame — casos em que a rapidez de resposta é essencial para salvar vidas — hesitando em chamar o serviço de emergência por medo de pegar coronavírus. Ou um paciente de câncer tendo que adiar sua quimioterapia porque a clínica está fechada”
Friedman complementa: “Imagine o estresse e a doença mental que virá — já está vindo — de termos fechado a economia, gerando desemprego em massa”

Há outro caminho?, pergunta Friedman.

Para ele, a melhor ideia até agora veio do Dr. David Katz, diretor do Centro de Prevenção e Pesquisa da Universidade de Yale e um especialista em saúde pública e medicina preventiva.

O Dr. Katz diz que há três objetivos neste momento: salvar tantas vidas quanto possível, garantindo que o sistema de saúde não entre em colapso, “mas também garantir que no processo de atingir os dois primeiros objetivos não destruamos nossa economia e, como resultado disso, ainda mais vidas.”
Como fazer isso?

Katz diz que o mundo tem que pivotar da estratégia de “interdição horizontal” que estamos empregando agora — restringindo o movimento e o comércio de toda a população, sem considerar a variância no risco de infecção severa — para uma estratégia mais “cirúrgica”, ou de “interdição vertical”.

“A abordagem cirúrgica e vertical focaria em proteger e isolar os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo — isto é, os idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — e tratar o resto da sociedade basicamente da mesma forma que sempre lidamos com ameaças mais familiares como a gripe.”

Katz sugere que o isolamento atual dure duas semanas, em vez de um período indefinido. Para os infectados, os sintomas aparecerão nesse período. “Aqueles que tiverem uma infecção sintomática devem se autoisolar em seguida, com ou sem testes, que é exatamente o que fazemos com a gripe. Quem não estiver sintomático e fizer parte da população de baixo risco deveria voltar ao trabalho ou a escola depois daquelas duas semanas.”

“O efeito rejuvenescedor na alma humana e na economia — de saber que existe luz no fim do túnel — é difícil de superestimar. O risco não será zero, mas o risco de acontecer algo ruim com qualquer um de nós em qualquer dia da nossa vida nunca é zero.

Mas vamos voltar ao nosso Brasil, Governadores e em especial os nordestinos estão criticando severamente o Presidente Bolsonaro seja qual for seu posicionamento , estão literalmente jogando para a torcida, como falamos no futebol para aquele jogador que só quer aparecer mas na realidade não tem objetividade nenhuma em suas jogadas.

E esse posicionamento dos Governadores poderá sair muito caro pra eles, pois o Nordeste Brasileiro é um celeiro de funcionários públicos, e a pergunta que faço é: Quando a receita desaparecer e não conseguirem pagar os salários destes servidores em dia, como fica ?

Sem falar que na maioria esmagadora das cidades nordestinas a economia local gira em torno dos aposentados e do FPM dos Municípios, e o FPM vem das RECEITAS FEDERAIS logicamente tendo uma queda drásticas nas receitas e as prefeituras que já passam por sérias dificuldades , irão atrasar seus compromissos com funcionários e fornecedores, criando assim um caos maior do que o coronavírus nas cidades do interior.

Ou seja, quando os funcionários públicos, sejam eles Federais, Estaduais ou Municipais não estiverem recebendo em dia seus salários talvez concordem que acabar com a economia seja pior do que o coronavírus.

E aqui coloco uma fala de um vendedor de sorvete no estacionamento de um hospital há 30 anos, que disse não ter medo de contrair a doença e que não lhe sobram muitas opções senão trabalhar todos os dias. “O que você quer que eu faça? Se não morrer desse vírus, morro de fome. Não posso parar de trabalhar”.

O ideal seria haver um alinhamento entre Governo Federal, Estados e Municípios nas iniciativas de combate ao coronavírus.

Não pode fazer bagunça, nem acirramento politico com informações desencontradas, quando não contraditórias, ajudando a intensificar o medo e o caos no país por divergências puramente políticas.

É o que eu penso!

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