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Luis Vilar

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Toledo se movimenta para reconduzir afastados

A Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas já se movimenta para reconduzir os afastados ao parlamento alagoano. Falta só o “entendimento” de Gilmar Mendes para que os acusados de integrarem o maior esquema de corrupção já desbarato em Alagoas retornem aos seus cargos e façam se valer de suas prerrogativas de deputados estaduais. Os contatos com o STF já estão sendo feitos.

Fernando Toledo (PSDB) quer apenas estar resguardado pela decisão do STF. Enquanto isto, empurra-se com a barriga para não entrar em “choque” com o Judiciário Alagoano. Porém, um novo entrave pode surgir para os deputados taturanas: a sentença final do juiz Gustavo Lima. O magistrado nega que haja demora no andamento do processo. Ele atribui à burocracia processual e a dificuldade de encontrar os deputados afastados. Afinal, não se intima quem desaparece.

O “xadez” parece – felizmente para alguns, infelizmente para muitos que integram a sociedade civil organizada – favorável aos suspeitos do desvio de mais de R$ 300 milhões. Enquanto isto, alguns líderes populares buscam reorganizar o velho movimento de combate à corrupção e a criminalidade, que chegou a levar milhares de pessoas às ruas no auge da Operação Taturana, mas que enfraqueceu por questões partidárias, partindo principalmente de alguns simpatizantes do PT.

A aposta para o não retorno dos deputados se faz nos seguintes termos: a esperança de que a decisão de Gilmar Mendes não seja extensiva ao segundo afastamento determinado por Gustavo Lima; a força do Ministério Público Estadual e da Procuradoria Geral do Estado em Brasília; a pressão dos movimentos sociais; e o poder de convencimento dos argumentos que serão levados ao STF. Dentre eles, a instabilidade que será criada na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas. Já existem suplentes falando de “ameaça de morte”.

O fato é que a Assembléia Legislativa – por mais que negue seu presidente, Fernando Toledo – jamais retornará ao normal. A correlação de força dos que foram afastados, com os que ficaram sempre vai estar lá: à vezes a vista, outras de forma subcutânea. A instabilidade política em Alagoas, bem como as desavenças neste meio, sempre cheirou a sangue.

Dentro da Assembléia Legislativa, Fernando Toledo já se convenceu de que o retorno dos deputados estaduais afastados é claro na decisão do ministro Gilmar Mendes. Ensaia-se, inclusive, um retorno discreto, sem muita pompa e circunstância. Porém, um retorno que pode não ocorrer se depender das várias forças que se articulam em torno da questão.

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