Dupla é condenada a mais de 30 anos de prisão por morte de motorista por aplicativo

Crime aconteceu em julho de 2019 quando Rayniere Torres Bianchi, de 35 anos, desapareceu após aceitar uma corrida no aplicativo.

Dois acusados de participar do homicídio do motorista por aplicativo Rayniere Torres Bianchi, de 35 anos, foram condenados, nessa segunda-feira (20). Na ocasião, a vítima desapareceu após aceitar uma corrida no trajeto que iria do Conjunto Santa Maria para o bairro São Jorge.

A investigação realizada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e DEIC, apontou Ewerton do Nascimento Marques e Luan Vitor Bastos da Silva como a dupla como sendo a responsável pela autoria material do homicídio.

Ewerton foi conenado a 19 anos seis meses e nove dias de prisão em regime fechado, além do pagamento correspondente a 122 dias de multa no valor de 1/30 do salário-mínimo vigente no dia em que o assassinato foi registrado. Já para Luan Vitor Bastos da Silva foi fixada pena de 18 anos, seis meses e nove dias de reclusão, igualmente em regime fechado, assim como multa de 100 dias de 1/30 do salário-mínimo.

Na sentença, a juíza Laila Kerckhoff dos Santos, do 2º Tribunal do Júri desta Capital, proferiu a condenação dos dois por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto qualificado, todos estes crimes tipificados no Código Penal Brasileiro. Ewerton ainda foi condenado por corromper ou facilitar a corrupção de menor (Luan era adolescente). Eles ficarão recolhidos no Presídio de Segurança Máxima da capital.

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O crime

A Polícia Civil constatou que Ewerton e Luan planejaram a morte do trabalhador dois dias antes do fato e o motivo seria por que a vítima estaria uma adolescente que seria namorada de Ewerton. Eles foram presos dias depois, durante uma operação deflagrada pela DHPP e pela Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), coordenada pelos delegados Fábio Costa, Eduardo Mero e Tacyane Ribeiro e confessaram o envolvimento na trama.

“Infelizmente, foi mais uma vítima de violência que era motorista por aplicativo, que continuam sendo alvos de criminosos nos dias atuais. A sensação, após a investigação feita e a condenação proferida, é de dever cumprido. Isso demonstra que a gente faz um trabalho sério, cuidadoso e cauteloso, que leva em consideração as provas coletadas”, destacou o delegado Fábio Costa.

A perícia confirmou que Rayniery foi assassinado por um golpe conhecido por “garrote” que, segundo a polícia, foi dado por Luan com o auxílio de Ewerton.

A DHPP apontou que, em seguida, a dupla ocultou o cadáver no canavial localizado por trás do conjunto Jardim Tropical, Village Campestre II. O corpo do motorista foi encontrado dias depois. O veículo da vítima, de marca Peugeot 207, de placa 0928, foi encontrado um dia após o desaparecimento, no Conjunto Saúde, no bairro Cidade Universitária.

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