Promotor diz que vai aceitar entrada de Pinto de Luna no caso Bárbara
O Ministério Público Estadual informou que vai dar parecer favorável à entrada do advogado e ex-delegado da Polícia Federal, Pinto de Luna, no caso do desaparecimento da estudante universitária Bárbara Regina. Nesta quarta-feira, Luna disse que foi chamado para atuar como advogado da família há cerca de um mês e aguarda o posicionamento do MP para ter acesso aos autos.
O promotor Marcus Mousinho disse, através da assessoria de comunicação, que o pedido do advogado ainda não chegou ao órgão, mas adiantou que pretende aceitá-lo. “O pedido ainda não chegou as minhas mãos, mas o Ministério Público vai aceitar sim a entrada do Pinto de Luna como assistente de acusação da família da Bárbara, porque será mais uma pessoa para ajudar nas investigações deste caso”, disse o promotor.
Marcus Mousinho explicou ainda que como assistente de acusação, o advogado pode solicitar informações e novas diligências, trabalhando junto com o Ministério Público, que está realizando novas diligências na tentativa de esclarecer o caso.
Família
Os familiares da estudante contestam a versão apresentada pela Polícia Civil de que Bárbara Regina era garota de programa e viciada em drogas. A versão também foi contestada pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Cecoc).
Em entrevista ao Alagoas24Horas a mãe da estudante, Valéria Leite, disse que está confiante na ajuda de Pinto de Luna no caso e que acredita que o desfecho do crime possa ocorrer de forma mais rápida.
“Nós já vínhamos investigando por conta própria, procurando amigos e pessoas que conviviam com a minha filha para provar que ela não era usaria de droga ou prostituta. Esperamos que a partir de agora, este crime seja esclarecido o mais breve possível e a gente possa provar que a Bárbara não era nada do que disseram”, disse Valéria, complementando que após o desfecho, a família pretende processar o Estado.
Entenda o caso
Bárbara Regina desapareceu no dia 1º de setembro do ano passado, após sair de uma boate na Ponta Verde, acompanhada de um jovem, identificado através das imagens do circuito interno como Otávio Cardoso da Silva Neto. Em outubro, a conclusão do inquérito apontou Otávio Cardoso e Moab Balbino como os assassinos da universitária.
Em abril deste ano, a Polícia Civil apresentou uma reviravolta do caso quando apontou Vanessa Ingride como responsável pela morte da estudante.
Tiago Santos, primo da acusada fez a acusação durante uma entrevista coletiva convocada pela PC. Segundo ele, Vanessa lhe contou que Bárbara era uma das garotas de programa de seu site e que a vítima estaria devendo dinheiro à aliciadora. Thiago disse ainda que Otávio Cardoso foi contratado por R$ 1 mil em cocaína para assassinar a universitária. Bárbara teria sido esquartejada e queimada e, seu corpo, deixado num canavial na Mata do Rolo, município de Rio Largo.
